quinta-feira, 8 de agosto de 2013

TERROR MIDIÁTICO PERDE MAIS UMA: INFLAÇÃO DE 0,03 %

247 – Mais uma aposta perdida pela mídia tradicional, cujo acompanhamento dos fatos vai sendo cada vez mais prejudicado por editorialização e partidarismo. Depois de naufragar em suas previsões do apagão de energia, feitas no ano passado por um arco de mídia que foi da colunista Miriam Leitão, do jornal O Globo, ao jornal Folha de S. Paulo, outro movimento de terrorismo midiático fez água.
O IBGE divulgou oficialmente nesta quarta-feira 7 o IPCA de julho, índice oficial de inflação. A variação foi de praticamente zero, com elevação registrada de apenas 0,03%, a menor desde julho de 2010. Na terça 6, foi apurado o novo valor da cesta básica de alimentos, chegando-se a menor variação desde 2007, com redução em 18 capitais. A suspensão do aumento nas passagens de ônibus, por outro lado, tirou ainda mais pressão do índice.
A presidente Dilma comemorou a vitória da política econômica sobre a inflação, considerando-a inteiramente controlada pelo governo. Elevada, em janeiro, à preocupação número um do Brasil, levando inclusive economistas que já ocuparam posições de destaques na cena nacional, como os ex-diretores do Banco Central Ilan Goldfajn e Alexandre Schwartsman, a defenderem desemprego para segurar a taxa, o índice praticamente zero não está merecendo destaque na mídia tradicional. Todos os números prévios, que adiantavam essa tendência, foram publicados discretamente. Em 247 foi diferente (aqui).

DADO COMO LOUCO - O ministro Guido Mantega, que sofreu campanha nacional e internacional de descrédito, com publicações como a revista The Economist pedindo seguidamente a sua cabeça, ora com franqueza, ora com ironia, obtém mais um alívio. Ele assegurou que a variação conhecida no início do ano se deu pela sazonalidade da produção de alimentos, e não por por fatores estruturais da economia. Quase foi dado como louco pela mídia tradicional. Agora, ninguém vai chamá-lo de gênio, e nem ao menos seu trabalho e o sua equipe será reconhecido mais acentuadamente. O jogo da mídia só vale quando o governo erra, e nunca quando a própria mídia se esbora em seus desvãos.
A antes chamada grande imprensa terá, agora, de arrumar outro fantasma para materializar seus medos. Pelo que mostram os fatos econômicos reais, a maioria desses fantasmas realmente não existe.

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