Artigo de Tereza Cruvinel
Acontece
com movimentos inorgâncos. Mas foram os neofascistas e os militantes da
nova extrema-direita que levaram ao movimento a marca da intolerância
política e o viés fascistizante.
Reconhecer
a infiltração não suprime a importância e a legitimidade dos que
protestaram democraticamente. Se queremos saber o que se passa, isso
precisa ser dito e melhor conhecido. Nos quartéis, ela já teria núcleos
de simpatizantes na base, não nas cúpulas.
PT,
CUT e PCdoB talvez tenham errado em comparecer ao ato de quinta-feira,
chamado pelo MPL para celebrar a vitória, o recuo do prefeito e do
governador no aumento das passagens. A festa virou guerra entre os
raivosos ativistas da direita e os da esquerda.
O
Portal Terra publicou foto de um direitista mordendo raivosamente a
bandeira do PT. A descrição do jornalista Rodrigo Viana, que lá estava,
em seu blog, sobre a corrente de ódio, é preciosa. Essas cenas não vimos
na tevê.
Na democracia, há lugar para todas ideologias. O problema, no Brasil, é que não existe uma direita assumida e esclarecida, que aceite o jogo democrático. A que sobra, é um legado dos porões da ditadura. Prefere as máscaras e ação dissimulada de indignação.
Na democracia, há lugar para todas ideologias. O problema, no Brasil, é que não existe uma direita assumida e esclarecida, que aceite o jogo democrático. A que sobra, é um legado dos porões da ditadura. Prefere as máscaras e ação dissimulada de indignação.
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