quinta-feira, 27 de junho de 2013

NOS PÊNALTIS, ESPANHA BATE ITÁLIA E JOGA FINAL COM BRASIL

Após 120 minutos de 0x0, seleções decidiram a vaga na cobrança de penalidades: 7x6

 PAULO HENRIQUE TAVARES, da Folha de Pernambuco
 
FORTALEZA - A lógica, deu. Sim! Difícil era não apostar na Espanha como a finalista da Copa das Confederações, nesta quinta-feira, antes do duelo contra a Itália, na Arena Castelão, em Fortaleza. Mas, a confirmação da vaga só aconteceu no chute do zagueiro Bonucci para fora, após cobrança de pênalti. Até ali, seis outros batedores já haviam balançado as redes. Dois tempos de 45 minutos e mais dois, de 15, já haviam passado. O defensor da Azzurra perdeu. Coube, então, a Jesus Navas confirmar a favorita Fúria na grande decisão. Agora, é com o Brasil.
A partida poderia ter ficado apenas nos 90 minutos. A vaga na grande final poderia ter sido italiana após o tempo regulamentar. A Azzurra teve um início de jogo digno de seleção quatro vezes campeã do mundo. Com uma tática onde se privilegiava o lançamento e a velocidade, a defesa espanhola teve de se segurar sob pressão adversária. E, por incrível que pareça, em nenhum momento a Fúria tentou mudar o tão batido estilo de jogo, para tomar pra si as rédeas do jogo
A expectativa ficava para apenas um erro da Itália. E as duas equipes sabiam que qualquer deslize seria fatal. No entanto, a aguardada falha não foi cometida. O goleiro Buffon, inclusive, teve a sua meta sob perigo apenas no segundo tempo. Uma etapa bastante morna, para falar a verdade. O ímpeto italiano já não foi mais o mesmo. E a Espanha seguiu no seu “tiki-taka” de praxe, mas sem conseguir a efetividade necessária. Tanto que os gritos de “Itália, Itália”, antes pronunciados pelas arquibancadas, foram logo substituídos por “Shakira gostosa” – em referência a namorada do zagueiro Pique.
Com o 0x0 no placar, mais 30 minutos de prorrogação alongaram o jogo. E todo o gás acumulado pelo futebol chato do segundo tempo, acabou sendo colocado em campo pelos atletas. Não demorou muito para, enfim, a Espanha voltar a ser a toda poderosa Espanha. A Itália chegou apenas uma vez com perigo. O substituto de Balotelli, Giaccherini, soltou uma bomba de primeira e carimbou a trave de Casillas. O arqueiro espanhol fez questão de fazer um afago no local onde a bola bateu.
O mesmo não foi feito pelo italiano Buffon, já na segunda metade da prorrogação. O meia Xavi arriscou um chute colocado, e o goleiro chegou a tocar na bola, antes de ela também carimbar a trave. Como a partida havia esquentado, a torcida voltou a desempenhar o seu papel fora das quatro linhas. Mais uma vez, os italianos foram os escolhidos. Nada de “olé, olé” como no tempo regulamentar. O momento não era muito propício para tal audácia. 
Até que chegou o último minuto da prorrogação. A Espanha puxou contra-ataque, com quatro jogadores, contra três. A bola chegou para Javi Martínez, que tentou completar um cruzamento de letra. Sem pontaria, a última chance no jogo acabou desperdiçada. E a emoção dos pênaltis invadiu a Arena Castelão, em Fortaleza. Com um final feliz apenas para a Espanha, adversária do Brasil na final da Copa das Confederações. 
FICHA DE JOGO
ESPANHA 0x0 ITÁLIA

ESPANHA

Casillas; Arbeloa, Pique, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Xavi, Iniesta; Pedro (Mata), David Silva (Jesús Navas) e Fernando Torres (Martinez). Técnico: Vicente del Bosque.

ITÁLIA
Buffon; Chiellini, Barzagli (Montolivo) e Bonucci; Maggio, De Rossi, Pirlo, Marchisio (Aquilani), Candreva e Giaccherini; Gilardino (Giovinco). Técnico: Cesare Prandelli

LOCAL: Arena Castelão, em Fortaleza
HORÁRIO: 16h
ÁRBITRO: Howard Webb (ING)
ASSISTENTES: Michael Mullarkey (ING) e Darren Cann (ING)
CARTÕES AMARELOS: Pique (Espanha); De Rossi (Itália)

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