Após 120 minutos de 0x0, seleções decidiram a vaga na cobrança de penalidades: 7x6
PAULO HENRIQUE TAVARES, da Folha de Pernambuco
FORTALEZA - A lógica, deu. Sim! Difícil era não apostar na
Espanha como a finalista da Copa das Confederações, nesta quinta-feira,
antes do duelo contra a Itália, na Arena Castelão, em Fortaleza. Mas, a
confirmação da vaga só aconteceu no chute do zagueiro Bonucci para fora,
após cobrança de pênalti. Até ali, seis outros batedores já haviam
balançado as redes. Dois tempos de 45 minutos e mais dois, de 15, já
haviam passado. O defensor da Azzurra perdeu. Coube, então, a Jesus
Navas confirmar a favorita Fúria na grande decisão. Agora, é com o
Brasil.
A partida poderia ter ficado apenas nos 90 minutos. A vaga na grande
final poderia ter sido italiana após o tempo regulamentar. A Azzurra
teve um início de jogo digno de seleção quatro vezes campeã do mundo.
Com uma tática onde se privilegiava o lançamento e a velocidade, a
defesa espanhola teve de se segurar sob pressão adversária. E, por
incrível que pareça, em nenhum momento a Fúria tentou mudar o tão batido
estilo de jogo, para tomar pra si as rédeas do jogo
A expectativa ficava para apenas um erro da Itália. E as duas equipes
sabiam que qualquer deslize seria fatal. No entanto, a aguardada falha
não foi cometida. O goleiro Buffon, inclusive, teve a sua meta sob
perigo apenas no segundo tempo. Uma etapa bastante morna, para falar a
verdade. O ímpeto italiano já não foi mais o mesmo. E a Espanha seguiu
no seu “tiki-taka” de praxe, mas sem conseguir a efetividade necessária.
Tanto que os gritos de “Itália, Itália”, antes pronunciados pelas
arquibancadas, foram logo substituídos por “Shakira gostosa” – em
referência a namorada do zagueiro Pique.
Com o 0x0 no placar, mais 30 minutos de prorrogação alongaram o jogo. E
todo o gás acumulado pelo futebol chato do segundo tempo, acabou sendo
colocado em campo pelos atletas. Não demorou muito para, enfim, a
Espanha voltar a ser a toda poderosa Espanha. A Itália chegou apenas uma
vez com perigo. O substituto de Balotelli, Giaccherini, soltou uma
bomba de primeira e carimbou a trave de Casillas. O arqueiro espanhol
fez questão de fazer um afago no local onde a bola bateu.
O mesmo não foi feito pelo italiano Buffon, já na segunda metade da
prorrogação. O meia Xavi arriscou um chute colocado, e o goleiro chegou a
tocar na bola, antes de ela também carimbar a trave. Como a partida
havia esquentado, a torcida voltou a desempenhar o seu papel fora das
quatro linhas. Mais uma vez, os italianos foram os escolhidos. Nada de
“olé, olé” como no tempo regulamentar. O momento não era muito propício
para tal audácia.
Até que chegou o último minuto da prorrogação. A Espanha puxou
contra-ataque, com quatro jogadores, contra três. A bola chegou para
Javi Martínez, que tentou completar um cruzamento de letra. Sem
pontaria, a última chance no jogo acabou desperdiçada. E a emoção dos
pênaltis invadiu a Arena Castelão, em Fortaleza. Com um final feliz
apenas para a Espanha, adversária do Brasil na final da Copa das
Confederações.
FICHA DE JOGO
ESPANHA 0x0 ITÁLIA
ESPANHA
Casillas; Arbeloa, Pique, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Xavi, Iniesta; Pedro (Mata), David Silva (Jesús Navas) e Fernando Torres (Martinez). Técnico: Vicente del Bosque.
ITÁLIA
Buffon; Chiellini, Barzagli (Montolivo) e Bonucci; Maggio, De Rossi, Pirlo, Marchisio (Aquilani), Candreva e Giaccherini; Gilardino (Giovinco). Técnico: Cesare Prandelli
LOCAL: Arena Castelão, em Fortaleza
HORÁRIO: 16h
ÁRBITRO: Howard Webb (ING)
ASSISTENTES: Michael Mullarkey (ING) e Darren Cann (ING)
CARTÕES AMARELOS: Pique (Espanha); De Rossi (Itália)
FICHA DE JOGO
ESPANHA 0x0 ITÁLIA
ESPANHA
Casillas; Arbeloa, Pique, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Xavi, Iniesta; Pedro (Mata), David Silva (Jesús Navas) e Fernando Torres (Martinez). Técnico: Vicente del Bosque.
ITÁLIA
Buffon; Chiellini, Barzagli (Montolivo) e Bonucci; Maggio, De Rossi, Pirlo, Marchisio (Aquilani), Candreva e Giaccherini; Gilardino (Giovinco). Técnico: Cesare Prandelli
LOCAL: Arena Castelão, em Fortaleza
HORÁRIO: 16h
ÁRBITRO: Howard Webb (ING)
ASSISTENTES: Michael Mullarkey (ING) e Darren Cann (ING)
CARTÕES AMARELOS: Pique (Espanha); De Rossi (Itália)
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