domingo, 17 de maio de 2020

Delegado da PF decepciona Bolsonaro: Adélio agiu sozinho na facada



Blog de Esamel

O presidente Jair Bolsonaro teve de engolir seco o que lhe disse o delegado da PF Rodrigo Morais: o autor da facada, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho durante a campanha de 2018.

Responsável por investigar duas vezes o atentado, Morais foi recebido pelo presidente da República nesta sexta-feira (15) no Palácio do Planalto.


A versão do delegado da PF desmonta as insinuações de Bolsonaro e do advogado de sua família sobre a participação do PT no episódio da facada.

Na semana passada, o advogado Frederick Wassef disse no programa “Aqui na Band”, da TV Bandeirantes, que uma nova testemunha do caso Adélio Bispo o procurou e disse que o PT pagou para esfaquear Jair Bolsonaro.

Segundo a tese do advogado do clã presidencial, caso tivesse morrido Bolsonaro o principal beneficiário seria o então candidato Fernando Haddad e seu partido –o PT.

“Doutor, quem está por trás disso foi o PT, isto foi encomendado. Houve pagamento. Houve premeditação para assassinar Jair Messias Bolsonaro”, acusou Wassef ao citar a suposta testemunha.

Em nota divulgada na noite da última segunda-feira (11), a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR) e os líderes do partido no Congresso, deputado Enio Verri (PR) e senador Rogério Carvalho (SE) denunciam a nova farsa do bolsonarismo para desviar atenção do País e do mundo sobre os crimes do presidente da República.

Dito isso, o delegado da PF Rodrigo Morais jogou uma ducha de água fria na trama de Bolsonaro e, consequentemente, desmonta a politização de uma tragédia promovida por um lobo solitário. Tragédia porque o ataque a facadas ajudou a eleger Bolsonaro presidente, infelizmente. Desde então, o país sofre com a desgovernança.

O delegado foi levado ao presidente Bolsonaro pelo ministro da Justiça, André Mendonça, acompanhado do diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza, e do chefe do órgão de Minas Gerais, Cairo Duarte.

Também participaram o general Augusto Heleno (GSI) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência). Carlos Bolsonaro, o Carluxo, filho do presidente, passou alguns minutos no encontro.

Bolsonaro, além de decepcionado, ficou bastante magoado com a PF.

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