247 - O golpe contra Dilma Rousseff derrubou consideravelmente o investimento em educação, que diminuiu 56% nos últimos quatro anos, ao cair de R$ 11,3 bilhões em 2014 para R$ 4,9 bilhões em 2018. A projeção da Lei Orçamentária deste ano é que o valor seja ainda menor e fique em R$ 4,2 bilhões. A situação tende a piorar, porque, em dezembro de 2016, o então governo Michel Temer promulgou a PEC do Teto dos Gastos. De acordo com esta Proposta de Emenda à Constituição, o investimento de um ano deve corresponder ao do ano anterior, mas somente corrigido pela inflação. Na prática, o projeto congela investimento público. O orçamento do Ministério da Educação caiu de 11,7% entre 2014 e 2018: de R$ 117,3 bilhões para R$ 103,5 bilhões.
Se não bastassem as estatísticas preocupantes, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou um corte de 30% nos recursos de todas as universidades federais do país. Ao jornal O Estado de S. Paulo, havia dito que o MEC havia bloqueado 30% dos recursos de três universidades federais, UnB (Universidade de Brasília), UFBA (Universidade Federal da Bahia) e UFF (Universidade Federal Fluminense). Segundo o titular da pasta, nessas instituições de ensino superior ocorrem "balbúrdias" provocadas por manifestações partidárias.
No ensino superior, os gastos caíram de R$ 39,2 bilhões em 2014 para R$ 39,2 bilhões em 2018, queda de 15%.
Na educação básica as despesas tiveram redução de 19% no período (R$ 36,2 bilhões para R$ 29,3 bilhões).
Ensino Profissional o declínio foi de 27% (R4 16,4 bilhões para R$ 11,9 bilhões).
Os dados são do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal).
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