segunda-feira, 29 de abril de 2019

Ambientalistas temem extinção do Instituto Chico Mendes


Enfraquecimento das políticas públicas ambientais, esvaziamento do quadro de funcionários com troca de técnicos por militares em áreas indígenas e transferência de atribuições para o Ministério de Agricultura formam o pano de fundo da crise instalada no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O UOL apurou que a mudança na política de licenciamento ambiental, a proposta de acabar com a lista de espécies ameaçadas de extinção e a liberação para exploração de petróleo em Abrolhos, primeiro parque nacional marinho criado no Brasil, acirraram os ânimos na queda de braço do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, com servidores, ambientalistas e indígenas.
"O ministro está juntando elementos para uma fusão do Ibama com o Chico Mendes", diz o consultor legislativo do Senado Joaquim Maia Neto, que tem duas décadas de experiência com trabalho ambiental. "Com as medidas, ele criará condições para uma tragédia, que é a extinção do ICMBio", afirma.
À espera da votação da medida provisória que reestrutura a administração pública federal, em tramitação no Congresso, as principais vagas do Ministério de Meio Ambiente, da Funai (Fundação Nacional do Índio), do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBio não foram preenchidas. "É o primeiro passo para um desmonte", afirma o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, Rodrigo Agostinho (PSB-SP).

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