Líderes do centrão dizem que reforma não vai tramitar no prazo do governo, mas ‘no que é possível’
Daniela Lima – Painel- Folha de S.Paulo
Líderes de siglas de centro e centro-direita já falam abertamente que não estão dispostos a correr com as discussões da reforma da Previdência para atender o calendário do governo. “Não tem necessidade de votar a proposta de Bolsonaro em dois meses. O que temos que fazer é o possível. Usar o tempo máximo para discutir na comissão, com o máximo de pessoas que quiserem falar. Sem isso, não adianta. Vai chegar no plenário e não vai ter voto”, diz, sem rodeios, o líder do PP, Arthur Lira (AL).
Lira diz que as estimativas de quando e como a reforma será votada só têm servido “para dar dinheiro aos especuladores da Bolsa”.
Assim como ele, outros dirigentes de partidos avaliam que, com uma comissão especial formada por apenas 49 deputados, muitas siglas ficaram de fora da discussão, o que amplia o risco de o texto não chegar maduro ao plenário se o governo pautar sua atuação pela pressa.
Cabra cumpridor Integrantes do PR, partido do presidente da comissão especial que discute o tema, o deputado Marcelo Ramos (PR-AM), também pregam “um debate exaustivo” da reforma da Previdência. Ramos foi escolhido com o apoio do PP e é descrito como “um homem de partido”, que acata o desejo da maioria.
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