As investigações da Lava Jato e a crise (econômica e de reputação) que abalaram as principais empresas do setor de engenharia já começam a ter reflexos mensuráveis nas aspirações de carreira dos profissionais do ramo.
Levantamento realizado pela consultoria Universum
com 1.083 engenheiros para identificar as empresas preferidas por eles
mostra que, embora a Petrobras ainda seja a primeira colocada, a queda
no percentual de engenheiros que a identificam como empregadora ideal é
de 7 pontos. Resultado semelhante apresentou o estudo feito com os estudantes de engenharia brasileiros.
Para
outra empresa implicada nas investigações da Lava Jato, a Odebrecht, a
queda no percentual refletiu diretamente no posicionamento da empresa no
ranking: saiu do 2º lugar em 2015 para o 5º nesta edição.
“Como o
centro da crise está ligado a empresas tradicionalmente de engenharia –
construtoras, óleo e gás, mineradoras e outras -- vemos que os
engenheiros estão considerando um leque maior de opções e indústrias
para seguirem suas carreiras”, diz Andre Siqueira, gerente responsável
pela Universum no Brasil.
De acordo com a pesquisa, o número de
indústrias que os engenheiros brasileiros consideram trabalhar aumentou
bastante. Siqueira aponta para altas significativas em termos de
atratividade na indústria de bens de consumo – materializada por
empresas como Ambev, Unilever, Nestlé e Heineken, que, apesar de terem
caído no ranking, subiram percentualmente – e na indústria automotiva –
afetada pela crise, mas se recompondo e recuperando a atratividade.
“Especialmente as menos afetadas pela crise – Honda e Toyota”, diz
Siqueira.
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