O “Sistema Único de Saúde é inviável!”
proclamam aqueles que desde a degola de Dilma Rousseff e do PT passaram a
contestar a Constituição de 1988. Empenhados em suprimir o elenco de
direitos tidos até agora como imprescindíveis, os novos donos do poder
lançaram-se na campanha pelo retorno de seus privilégios e a extinção
das prerrogativas das massas. Insurgem-se diante do tratamento médico
gratuito para quem não possa pagá-lo, condenando os pobres à miséria e
os ricos à indiferença.
Do corte de direitos sociais à supressão
de pensões e aposentadorias, do aumento de impostos ao abandono das
maiorias carentes e ao desemprego crescente, desenham um novo Brasil
rachado ao meio. Ainda agora estão beneficiando quantos enviaram
dinheiro roubado para o exterior e hoje poderão repatriá-lo sem maiores
punições.
Em tempo rápido o governo Michel Temer
vai revogando conquistas sociais que levaram décadas para ser
implantadas. O triste é que a sociedade não reage, ou reage muito pouco.
O trabalhador deixa de ganhar as ruas, preocupado em reconquistar o
emprego perdido, mesmo às custas de redução salarial. A classe média
fecha os olhos e as elites ampliam reivindicações e benesses.
Enquanto isso multiplicam-se as
apreensões. Alguma coisa vai acontecer, mesmo ignorando-se quando e
como. Pode ser amanhã. Até hoje.
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