Por Kiko Nogueira no DCM
Segundo a repórter Andréia Sadi, da GloboNews, especializada em Eduardo Cunha (leia mais aqui), a delação premiada do ex-deputado cassado pode não ser aceita pelos procuradores da Lava Jato.
Ele seria uma espécie de “trofeu”. No Palácio do Planalto,
avisa Andreia, a avaliação é de que seria difícil os investigadores
toparem que Cunha delate.
Os colegas de Andréia na emissora estão comemorando o que
chamam de prova da imparcialidade da equipe de Sérgio Moro, discurso
repetido pelos suspeitos de sempre.
“Cai por terra o discurso de seletividade da oposição”, disse uma das apresentadoras.
Temer antecipou sua volta ao Brasil, com a desculpa de que
queria economizar com hotel (?!?). Se Cunha falar, o governo Temer
implode em uma semana.
Sua detenção acontece num momento em que Moro vinha sendo
pressionado pelo que chamou de imprensa “simpatizante” em seu famoso
ensaio sobre a Operação Mãos Limpas.
A repercussão de sua carta enfezada para o artigo do
professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite, que o comparou a Savonarola,
foi péssima. A tréplica de Cerqueira Leite foi devastadora.
Na mesma semana, o jornalista italiano Gianni Barbacetto,
autor do livro sobre a Mani Pulite prefaciado por Sérgio Moro, apontou
que, no Brasil, “desde o início o sistema continua como antes e será
apenas Lula a pagar”.
Não houve, desta vez, o show de luzes e som da condução
coercitiva de Lula. Repórteres não estavam na casa dos acusados com
câmeras de TV e helicópteros, tudo ensaiado e pronto para ir ao ar. Cadê
os vazamentos?
A se confirmar o que informou Andreia Sadi, a Lava Jato
coleta um trofeu com Cunha, mas ganha o argumento para buscar outra
cabeça: a de Lula.
Nenhum comentário:
Postar um comentário