247 – A Rio 2016,
que dominou o noticiário nas últimas duas semanas, deve passar o bastão
ao tema que vem pautando a imprensa brasileira nos últimos dois anos: a
Operação Lava Jato.
Durante os Jogos Olímpicos, o juiz
Sergio Moro, que conduz a operação, não desencadeou nenhuma nova fase,
mas tudo indica que, a partir de agora, ele estará disposto a mover mais
peças no seu tabuleiro. E o alvo, ao que tudo indica, será o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nas últimas semanas, o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva apresentou vários recursos questionando a
competência de Moro para julgá-lo, uma vez que os imóveis de Guarujá e
Atibaia citados nas denúncias se encontram em São Paulo e não no Paraná,
e também a isenção do magistrado paranaense, tanto no Brasil como no
Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas. Lula também sinalizou que
pode questionar a isenção até do desembargador de segunda instância, que
não tem negado nenhuma decisão de Moro.
O juiz paranaense, por sua vez, tem
pressa. Caso Lula seja condenado – mas não preso – até o fim do ano, o
que hoje parece ser o roteiro da força-tarefa da Lava Jato, ele poderia
ser rapidamente julgado em segunda instância. Com duas condenações, ele
se tornaria ficha-suja, tornando-se inelegível e impedido de disputar as
eleições presidenciais de 2018 – onde aparece em primeiro lugar em
todas as simulações.
Lula, no entanto, tem um arsenal de
recursos para apresentar nos tribunais superiores. Ele avalia que o real
objetivo é torná-lo inelegível, promovendo uma cassação branca de seus
direitos políticos. "A força-tarefa já o condenou e agora está
procurando o crime, mas não irá encontrá-lo, porque crime não há", diz
seu advogado, Cristiano Zanin Martins.
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