O vazamento de informações que
envolvem o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), na
delação da OAS abriu uma crise entre a corte e o Ministério Público
Federal. O ministro Gilmar Mendes diz que os magistrados podem estar
diante de "algo mórbido que merece a mais veemente resposta".
Além
de defender que seja investigada a possibilidade de os próprios
procuradores terem vazado a citação a Toffoli, Mendes faz críticas
contundentes a algumas das dez propostas de combate à corrupção
elaboradas pelo Ministério Público Federal. "Eles estão defendendo até a
validação de provas obtidas de forma ilícita, desde que de boa-fé. O
que isso significa? Que pode haver tortura feita de boa-fé para obter
confissão? E que ela deve ser validada?"
Segue
Mendes: "Já estamos nos avizinhando do terreno perigoso de delírios
totalitários. Me parece que [os procuradores da Lava Jato] estão
possuídos de um tipo de teoria absolutista de combate ao crime a
qualquer preço".
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