Acusada
de tramar o fim da Operação Lava Jato com sua polêmica capa sobre o
ministro Dias Toffoli, publicada na semana passada (leia mais aqui),
Veja foi colocada contra a parede e se viu forçada a abrir a delação de
Léo Pinheiro, da OAS, que o procurador Rodrigo Janot mandou destruir.
Com isso, embora ataque seus alvos preferenciais, como a presidente
Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, acabou sobrando também para o
presidente nacional do PSDB.
Confira, abaixo, o trecho do depoimento de Léo Pinheiro relacionado a Aécio Neves (PSDB-MG):
"Foi
apresentado a Aécio por Sergio Cabral, quando este ainda era governador
estadual do Rio de Janeiro, em 2001. Ainda em 2001, esteve com Aécio
para contribuir para a campanha de 2002 ao governo do Estado de Minas,
na oportunidade em que foi apresentado a Oswaldo Borges da Costa Filho
(...). Assim, quando da licitação da Cidade Administrativa de Minas
Gerais, editada em 16/7/2007, o declarante determinou que fosse
realizado contato com Oswaldo Borges da Costa (...).
Em
um dos encontros, foi informado por Sergio Neves, representante da CNO,
que havia a necessidade do pagamento de uma vantagem indevida de 3% do
valor da participação de cada empresa no consórcio e que as empresas
deveriam procurar o Oswaldo Borges para acertar os pagamentos (...) A
contraparte da OAS foi paga em espécie (...) Segundo o declarante foi
informado, as quantias eram condicionadas ao então governador Aécio
Neves.
O
declarante ainda tem conhecimento de que Oswaldo Borges da Costa Filho
(...) é operador de Aécio Neves e controlador das contas das empresas do
político, sendo que as contribuições feitas para as campanhas de Aécio
Neves nos anos de 2002 e 2006, bem como na pré-campanha eleitoral de
2014, foram realizadas por intermediação de Oswaldo." (BR 247)
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