O
governo de Michel Temer acompanha com lupa a crise entre o Ministério
Público Federal e o STF (Supremo Tribunal Federal). E tem informações de
que procuradores tentaram investigar, além do ministro Dias Toffoli,
também assessores e familiares de outros dois magistrados da corte.
O STF trabalha com a mesma informação.
O
governo tem conhecimento ainda de que um racha contrapõe hoje
procuradores ligados a Rodrigo Janot, em Brasília, ao grupo que toca a
Operação Lava Jato em Curitiba. As divergências são antigas e já tiveram
momentos até mais críticos.
A
divisão poderia estar na origem do vazamento da informação de que Dias
Toffoli aparecia nas tratativas de delação premiada da empreiteira OAS.
O
grupo de Janot era contra a inclusão do nome de Toffoli no acordo, já
que as informações preliminares dadas pela OAS não configuravam nenhum
crime.
A
suspeita é de que, incomodados com a exclusão do nome de Toffoli da
delação e sem ter como investigá-lo, já que o ministro tem foro
privilegiado, procuradores do Paraná espalharam a informação do
relacionamento dele com a OAS, que chegou ao conhecimento de
jornalistas. Essa seria uma das origens do vazamento. Mas não
obrigatoriamente a única. Janot trabalha com a possibilidade de que a
empreiteira tenha divulgado dados.
Gilmar
Mendes, do STF, citou o fato de que procuradores do Paraná chegaram a
escrever artigo "achincalhando" Toffoli como sinal de que poderiam ter
vazado dados contra o magistrado. Questionados, os procuradores não se
manifestaram até a conclusão da coluna.
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