247 - A controversa declaração do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sobre o envolvimento do senador
Delcídio do Amaral (PT-MS) no recebimento de propina de US$ 10 milhões
quando era diretor da Petrobras em seu governo, foi criticada pelo
colunista Josias de Souza, do UOL.
"FHC sabe que a corrupção no seu governo não foi ocasionada pela
conduta imprópria de personagens obscuros", afirma Josias. Ele cita,
"apenas para refrescar a memória do ex-presidente tucano", o escândalos
de desvios de dinheiro na Sudam.
"Sob FHC, quem dava as cartas na Sudam era Jader Barbalho (PMDB-PA),
hoje um aliado do petismo. No auge do escândalo, que terminou com a
cassação do mandato do personagem, Jader contratou a consultoria
Boucinhas & Campos para provar que seu patrimônio pessoal não era de
R$ 30 milhões, como se noticiava. Tinha razão. A Receita Federal
descobriria depois que essa cifra correspondia apenas à multa devida por
Jader. O patrimônio era maior", afirma.
O colunista lembra também que o atual governador do Mato Grosso,
Pedro Taques, recém filiado ao PSDB, foi procurador da República na
época da gestão tucana. "Ajudou a varejar a Sudam. Jader, por Barbalho,
chegou a ser algemado e preso. Passou poucas horas na cadeia. Eram
tempos pré-Sérgio Moro. Até por isso, a corrupção organizou-se",
afirma.
Como também mostrou reportagem do 247 nessa
quarta-feira, 9, antes do caso Delcídio aparecer nas manchetes, o
ex-diretor da Petrobras Pedro Barusco afirmou em delação premiada na
operação Lava jato que começou a receber propinas em contratos da
estatal em 1998, um ano antes do presidente Fernando Henrique ter
editado a chamada "Lei do Petroleo", que permitiu que a Petrobras
pudessem contratar empresas sem licitação (leia mais).
Leia na íntegra o comentário de Josias de Souza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário