terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Chavismo perdeu e reconheceu a derrota

Fernando Brito no Tijolaço
Saiu o resultado das eleições legislativas na Venezuela e, como esperado, a oposição venceu. Maduro reconheceu na mesma hora. Como Cristina Kirchner aceitou a derrota para Maurício Macri, na Argentina. Embora todos tenham sido apontados, durante anos e todos os dias, como autoritários e avessos às regras da democracia.No caso de Maduro, um tirano caricato, mesmo.
Agora, num país e no outro, a população – e nós, seus vizinhos – vamos ter a oportunidade de observar como, seja do ponto de vista econômico, seja do institucional, como é a democracia "alheia".
Na economia argentina, todos esperam um desvalorização cambial expressiva, aumento do desemprego e um avanço dos credores.
Na Venezuela, embora as eleições tenham sido para o Legislativo, é bem provável que, nos próximos dias, passe-se a exigir o fim antecipado do mandato presidencial.
O desafio econômico daquele país, em que 75% da economia dependem do petróleo não tem nada que permita ver otimismo com Maduro ou com qualquer governo, com o petróleo pouco acima de US$ 40.
A democracia, ao contrário do que pensam alguns, não é uma formalidade mais ou menos agradável quando se ganha ou se perde.
Ela faz parte do aprendizado e da caminhada dos povos e só deixa de ser um horizonte para quem quer tutelá-lo e dominá-lo.
Embora seja usada como "desculpa" dos que querem sempre deter a caminhada do povo, que se chama História.
PS. Claro que, na Argentina e na Venezuela, a esquerda tem de refletir sobre seus erros, embora também não deva deixar de denunciar os fatos de sabotagem que sempre enfrentaram os regimes progressistas. Mas isso é para depois, hoje é dia de aceitar a manifestação da vontade popular, coisa que muitos aqui não sabem o que é.

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