segunda-feira, 23 de março de 2015

Moro e o prêmio da Globo

Miguel do Rosário
MIGUEL DO ROSÁRIO
Nos parece evidente que um juiz, assim como não pode receber presentes, segundo os próprios códigos de ética que regem a magistratura e o funcionalismo público, também não deveria receber prêmios de empresas privadas, cujos interesses econômicos e políticos se chocam com o da sociedade.
Imagine se o PT, por exemplo, instituísse um prêmio para juízes, e fizesse uma festança, todos os anos, para entregar o troféu para seus magistrados preferidos?
É o que faz a Globo, tão ou mais identificada com um espectro político do que o PT.
Um juiz com um mínimo de bom senso e desejo de se mostrar imparcial deveria saber disso.

A presença de Sergio Moro na festa da Globo, e sua aceitação do prêmio, constitui um tapa na cara dos que querem acreditar numa justiça isenta.

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