Da FolhaPress
A ministra do STF (Supremo Tribunal
Federal) Cármen Lúcia atendeu um pedido do Ministério Público e abriu
inquérito investigar o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN),
citado em delação premiada por um empresário de Natal (RN) que teria
negociado propina com políticos para aprovação de leis.
A abertura de um inquérito não significa
culpa e é o estágio inicial de uma investigação. Nos próximos dias o
Ministério Público irá ouvir testemunhas, buscar provas e, a depender do
material que vier a obter, pode apresentar uma denúncia contra o
senador ou pedir o arquivamento das apurações.
O caso em questão diz respeito a um
instituto montado pelo empresário George Olímpio para prestar serviços
de cartório ao Detran, que cobrava taxas de cada carro financiado no
Estado. Ele teria pago propinas para agilizar a tramitação do projetos
de um lei que criava a inspeção a inspeção veicular da qual se
beneficiaria.
Em delação premiada, Olímpio disse que
Agripino teria lhe pedido R$ 1 milhão para campanhas políticas e que ele
entendeu o pleito como uma chantagem: ou daria o dinheiro ou perderia o
comando da inspeção veicular.
Ele ainda alega ter entregue parte do
dinheiro, R$ 300 mil, e ter feito empréstimos com pessoas indicadas por
Maia para completar R$ 1 milhão.
OUTRO LADO – Procurado, o gabinete do senador Agripino Maia disse que deve divulgar uma nota sobre o caso em breve.
Em fevereiro, quando o tema chegou ao
STF, disse que o próprio Olímpio, que agora o acusa, registrou em
cartório um documento contrariando a versão apresentada durante os
depoimentos da delação premiada.
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