O “golpismo”,
despudoradamente, despe-se das aspas da dissimulação e já se desnuda em
GOLPISMO, pura e simplesmente, em toda a sua sordidez, desfaçatez e
oportunismo.
O último mote da grande
imprensa de negócios e negociantes agora é transformar doações legais,
feitas à campanha de Dilma Rousseff e declaradas à Justiça Eleitoral,
como manda a lei, em “propinas” da operação Lava Jato.
Se só faltava essa, já não falta mais nada.
A estratégia é confundir
doações legais como caixa 2. Note bem: como as investigações e análises
de documentos da Operação Lava Jato já devem estar
demonstrando/comprovando que as doações foram legais, estão mudando a
versão dos fatos para forjar a existência de crime eleitoral e assim
impedir a presidente eleita de assumir e, se assumir, impedi-la de
governar.
Vejam o título da
capciosa matéria da Folha, logo reforçada pela “análise” de um de seus
diretores de sucursal, cargo de “responsa”: “Propina na Petrobras foi
paga em doações oficiais ao PT, diz delator”. Numa autêntica e manjada
“tabelinha”, como se diz nas redações. Um “levanta a bola” para o outro
chutar em seguida e assim reforçar a “verdade” que o jornal pretende
impor aos seus leitores.
Ora, se é doação oficial
não pode ser qualificada como “propina”! Mas, para todos os efeitos,
quem disse não foi a Folha, foi o delator. Não se pode culpar o
mensageiro – não é mesmo? Esse mesmo “expediente” (ou ardil) foi
utilizado pela “Veja” para tentar derrubar a candidatura Dilma às
vésperas do pleito e assim ganhar a eleição, no grito, para o seu
candidato. Qual o “expediente”? O de falar por intermédio das palavras
de um criminoso confesso.
Mas a Folha, em seguida,
fala com as próprias palavras. Como adiantei acima, o diretor da
sucursal em Brasília apressou-se em esquentar a matéria no afã de dar
liga a uma provável mentira, tentando emendar a emenda e assim arruinar o
soneto, digo, o jornalismo: “Depoimento aproxima caso de Dilma” – é o
título da ”análise” que esquenta a matéria anterior, conclui a tabelinha
e dá a senha da próxima jogada aos demais veículos .
Na sequência,
rapidamente, o Estadão e o jornal o Globo, ajudariam a espalhar a
“notícia” dando manchetes com as chamadas “letras garrafais” em suas
páginas na internet, e por toda a tarde e noite esses “repiques”
ficariam por lá, em destaque , pouco importando se o relatado trazia em
seus termos uma contradição insanável. Com certeza essas mesmas
manchetes amanhecerão estampadas nas bancas de jornal amanhã. A TV Globo
já faz, também, a sua parte nessa orquestração.
Não há qualquer
ilegalidade naquela contribuição à campanha da presidente eleita. É o
típico denuncismo e parcialismo que se revela através de uma não notícia
ou de uma falsa e manipulada notícia, melhor dizendo.
Perceberam como funciona o jornalismo de negócios e negociantes?
Para aqueles que ainda
não se deram conta: os golpistas estão em marcha. Na grande mídia, no
Congresso, nas redes sociais e nas ruas, em manifestações ainda
esvaziadas. O que antes parecia apenas retórica de disputa política toma
conotações de realidade. Portanto, é chegada a hora da reação.
Progressistas, legalistas e democratas, preparem suas barricadas e trincheiras de resistência!
Um golpe está em curso!
Até o insuspeito Jô
Soares, pois que é tucano histórico, já fez o alerta por esses dias em
seu programa: “impeachment da presidente é golpe”.
Recorrendo a uma metáfora
futebolísitica, o ministro Gilmar Mendes, tal qual um centroavante
oportunista, já está plantado no campo do adversário em escandalosa,
pois flagrante, posição de impedimento. Oportunista, esgueira-se por
entre os defensores, num esforço vão para não ser detectado em seu
intento sub-reptício, enquanto a grande mídia faz sua parte confundindo
os zagueiros, fazendo jogo de cena, dissimulações, “dribles da vaca” e
passes em falso, preparando a jogada derradeira. Gilmar só espera a bola
boa chegar para, cara a cara com o goleiro marcar o gol de placa e
ainda fazer chacrinha para a torcida adversária.
Todos já devem saber que
as contas de campanha da presidente Dilma, por uma dessas estranhas
“coincidências” e “acasos” da vida, foram parar nas mãos do “imparcial”
ministro Mendes, amigo de Demóstenes. Que já se jacta em realizar uma
verdadeira “devassa” nas contas, para assim, quem sabe, descobrir pelo
de cobra em ovo de pato.
Os golpistas já marcham à
luz do dia. Boquirrotos, arrogantes, preconceituosos, maquiavélicos,
transgressores da legalidade institucional, grosseiros. “Foda-se a
Venezuela!” – exibem, ostentam, orgulhosamente, suas vergonhas e
boçalidade.
Diante da tamanha fúria
golpista, cabe-nos a proteção e o abrigo das barricadas e trincheiras da
legalidade, da legitimidade do voto, da Justiça e da Lei Magna, a
Constituição.
Os golpistas veem
fantasmas “bolivarianos” conspirando contra si. Covardes, perseguem,
achincalham e agridem seus adversários políticos como se inimigos
mortais fossem. Seus olhos vidrados, dedos em riste, veias saltadas na
têmpora, denunciam a sua insanidade política. Combatem inimigos
invisíveis, personagens espectrais que povoam a sua fértil e feérica
imaginação, bem como a história e a realidade de outras nações
distantes.
O candidato derrotado,
Aécio Neves, joga no lixo os seus cerca de 50 milhões de votos ao
assumir uma (o)posição raivosa e insensata, cedendo assim, desde já,
graciosamente, o posto de candidato das oposições em 2018 para o
moderado e insípido Geraldo Alckmin. Este, por sua vez, mantém distância
regulamentar dos despropósitos e despautérios golpistas e, experiente,
aguarda a sua hora e vez.
Afinal, 2018 já é logo ali.
E o “irreconhecível”
Aécio, como se nota, arrastado irremediavelmente pela insensatez,
incompetência e inexperiência, não estará na urna eletrônica em 2018 –
ao menos não na condição de candidato ao cargo de máximo mandatário da
nação. Não mais. Perdeu o rumo e o prumo.
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