sexta-feira, 16 de maio de 2014

Lula afirma que oposição deseja fracasso da Copa
























Valor.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ontem (15), em sua coluna no site do jornal espanhol "El País", que a Copa do Mundo no Brasil virou "objeto de feroz luta política eleitoral". "À medida que se aproxima a eleição presidencial de outubro, os ataques ao evento tornam-se cada vez mais sectários e irracionais", escreveu.

No texto, Lula destaca que "determinados setores parecem desejar o fracasso da Copa, como se disso dependessem as suas chances eleitorais. E não hesitam em disseminar informações falsas que às vezes são reproduzidas pela própria imprensa internacional sem o cuidado de checar a sua veracidade". "O país, no entanto, está preparado, dentro e fora de campo, para realizar uma boa Copa do Mundo - e vai fazê-lo", disse.

Em seu artigo, o ex-presidente disse ainda que desde o começo apoiou a realização da Copa do Mundo no Brasil e que a decisão não foi econômica ou política, mas pelo que o futebol representa para os brasileiros.
"Trabalhei intensamente para que a Copa do Mundo de 2014 fosse realizada no Brasil. E não o fiz por razões econômicas ou políticas, mas pelo que o futebol representa para todos os povos e, particularmente, para o povo brasileiro. A nossa população apoiou com entusiasmo a ideia, rejeitando o preconceito elitista dos que dizem que um evento desse porte 'é coisa de país rico'."

O petista também ressalta que o futebol é paixão nacional e é praticado em qualquer lugar no Brasil. "Onde houver uma área disponível, por menor que seja, ali se improvisa uma partida de futebol. Se não tem bola de couro, joga-se com bola de plástico, de borracha ou de pano. Em último caso, até com uma latinha vazia."

O ex-presidente ainda reforça que o mundo conhecerá um Brasil diferente daquele que sediou a Copa em 1950, quando a seleção brasileira perdeu por 2 a 1 o título para os uruguaios no Maracanã, no Rio de Janeiro.

"O país de hoje é mais próspero e equitativo do que era há seis décadas. Entre outras razões porque a nossa gente - principalmente a que vive no 'andar de baixo da sociedade' - libertou-se dos preconceitos elitistas e colonialistas e passou a acreditar em si mesma e nas possibilidades do país. Descobriu que, além de vencer competições mundiais de futebol, podia também vencer a fome, a pobreza, o atraso produtivo e a desigualdade social. Que a mestiçagem, longe de ser um obstáculo - pior: um estigma - é uma das maiores riquezas do nosso país."

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