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O tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari, reagiu com
indignação à reportagem desta segunda-feira do jornal Estado de S.
Paulo, que acusa a legenda de usar recursos do fundo partidário para
pagar a defesa de réus da Ação Penal 470, o chamado mensalão. "É uma
mentira deslavada".
Vaccari lembra que, ainda
que fosse verdade, não seria ilegal, uma vez que a lei permite que
partidos políticos usem recursos do fundo para despesas legais. "Ocorre
que não é verdade porque o PT tomou a decisão de não responder pelas
acusações imputadas a cada um dos companheiros", disse ele.
O tesoureiro lembra ainda
que os advogados que trabalharam para os réus do PT são nomes notórios,
como José Luiz de Oliveira Lima, que defendeu José Dirceu, Arnaldo
Malheiros, que atuou para Delúbio Soares, Alberto Toron, que foi patrono
de João Paulo Cunha, e Luiz Fernando Pacheco, que defendeu José
Genoino. "Nenhum desses nomes está na reportagem do Estado", lembra
Vaccari.
De fato, a reportagem
cita outros escritórios, como Fregni-Lopes da Cruz, Marcio Luiz Silva e
Luiz Bueno de Aguiar. "São escritórios que atuam para o PT há vários
anos", disse Vaccari, de posse dos contratos. "Tudo foi pago com nota
fiscal e o escopo dos serviços pode ser demonstrado", afirmou.
Vaccari afirmou que
Marcio Luiz Silva, por exemplo, atua em ações de natureza eleitoral,
junto ao TSE. "Atuou, inclusive, na campanha da presidente Dilma". Sobre
os dois outros escritórios, ele citou ações cíveis, em várias frentes.
"Qualquer pessoa que acompanhou o julgamento pela televisão sabe que
esses escritórios não tiveram qualquer atuação especial na Ação Penal
470", disse ele. "Agora, se um ou outro advogado atuou para um réu, isso
não é responsabilidade do PT".
Por fim, o tesoureiro do
PT lamentou que uma informação de natureza comercial, que foi enviada
pelo partido ao Tribunal Superior Eleitoral em caráter sigiloso, como
manda a lei, tenha vazado. "Isso expõe a privacidade dos advogados e do
partido", diz ele.
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