A manchete de hoje da Folha deve ser vista como mais um desdobramento da política do Governo Bolsonaro.
Não, não da política econômica, que essa ele não tem; da politica, mesmo, do relacionamento com o Legislativo.
O elemento de “persuasão” é sempre, ainda que com várias formas, a ameaça de que, se os deputados não votarem rápido e sem muitas mudanças o que o Governo quer, serão os responsáveis por um caos que, entre outas coisas, deixará idosos, aposentados e beneficiários da assistência social sem receberem suas rendas já miseráveis.
Não é assim com a reforma da Previdência?
O crédito suplementar para o reequilíbrio contábil – pois é disso que se trata- das contas públicas tem sua necessidade prevista há meses, sem que o governo demonstrasse qualquer ânimo extraordinário em fazê-lo aprovar.
Prefere medir canetas e planejar uma Cancún em Angra dos Reis. O período de maior sensibilidade dos eputados aos pleitos do governo foi desperdiçado com loas a Israel, golden showers, olavismos e, a seguir, armamentos e “coafadas”.
Não é, embora também seja, por incapacidade pura de governar: há um conteúdo de chantagem, copiando com gente o que o “mestre” Donald Trump fez com o muro mexicano: o shut down do Governo.
Sim, com gente, porque se teimarem em colocar regras e limites na liberação de verbas, suspende-se o pagamento de benefícios dos pobres e miseráveis.
Igualmente, cria-se uma justificativa “moral” para cortar impiedosamente as verbas dos serviços públicos.
Nada é sagrado para os homens do “Deus acima de Tudo”, exceto o poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário