Militares temem abordagem sobre embaixada em ida de Bolsonaro a Israel
O presidente já manifestou a intenção de fazer a mudança. O assunto, no entanto, entrou em banho-maria depois que ele foi eleito
Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
A viagem de Jair Bolsonaro a Israel, ainda em março, acendeu nova luz amarela entre militares do governo. Eles temem que, num arroubo, o presidente dê a entender que vai, sim, transferir a embaixada brasileira no país de Tel Aviv para a cidade de Jerusalém. Bolsonaro já manifestou a intenção de fazer a mudança. O assunto, no entanto, entrou em banho-maria depois que ele foi eleito.
As atitudes do presidente nos Estados Unidos deixaram militares assustados. Eles não gostaram do tom dúbio adotado por ele acerca do apoio a uma eventual ação militar contra a Venezuela. Temem que o mesmo se repita em Israel.
Militares como o vice-presidente Hamilton Mourão e o general Augusto Heleno, do GSI (Gabinete de Seguraça Institucional), combatem nos bastidores a ideia de transferir a embaixada para Jerusalém. Mourão já disse que a transferência pode inclusive atrair o terrorismo internacional para o Brasil
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