247 - Preso na nova fase da Lava Jato, o ex-senador
Gim Argello (PTB-DF) foi acusado pelo dono da empreiteira UTC, Ricardo
Pessoa, de ter atuado para enterrar uma CPI criada pelo Congresso para
investigar a Petrobras no ano passado.
Argello era vice-presidente da comissão, que aconteceu em 2014, e
teria cobrado, em troca, pagamentos indevidos travestidos de doações
eleitorais oficiais em favor de partidos de sua base de sustentação.
A UTC repassou R$ 5 milhões a quatro partidos a pedido dele. O maior
beneficiário foi o DEM, de José Agripino Maia, com R$ 1,7 milhão, mais
R$ 1 milhão ao PR, R$ 1,15 milhão ao PMN e R$ 1,15 milhão ao PRTB.
O falecido tucano Sérgio Guerra também teria cobrado, em 2009, R$ 10
milhões pra vender proteção, segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa, também delator da Lava Jato.
Em coletiva de imprensa nesta terça, porém, os procuradores disseram
que em decorrência da morte do tucano, a apuração envolvendo o PSDB foi
prejudicada, mas ressaltaram que a corrupção não é partidária no Brasil.
Segundo o procurador Carlos Fernando Lima, o sistema político
brasileiro está "apodrecido".
Gim Argello foi alvo da 28ª fase operação, que cumpriu hoje 21
mandados judiciais em Brasília, no Rio de Janeiro, em Taguatinga (DF) e
São Paulo. A atual fase, denominada Vitória de Pirro, tem o objetivo de
apurar as irregularidades na CPI do Senado e na CPMI que investigaram
irregularidades na Petrobras em 2014.
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