247 - Responsável maior pela transformação do Brasil
numa república bananeira, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), é alvo de uma nova denúncia às vésperas do golpe, que
será votado no domingo 17.
O empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia,
revelou em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, que as
empresas ligadas à construção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro,
teriam que pagar R$ 52 milhões em propinas [cerca de ou 1,5% do valor
total dos Certificados de Potencial de Área Construtiva (Cepac)] a
Cunha.
O delator entregou aos investigadores um planilha revelando 22
depósitos que somam mais de US$ 4,6 milhões e que teriam sido efetuados
em contas indicadas por Cunha entre agosto de 2011 e setembro de 2014.
Somente a Carioca Engenharia teria que desembolsar R$ 13 milhões,
conforme aponta reportagem publicada no blog do jornalista Fausto
Macedo, do Estadão.
O empresário afirmou que "em nenhum momento Eduardo Cunha lhe disse
que as contas eram de titularidade dele", mas assegurou ter "certeza de
que todas estas contas foram indicadas pela deputado Eduardo Cunha; que
tampouco o depoente chegou a perguntar a Eduardo Cunha sobre o titular
das referidas contas".
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