Blog de Camarotti
Em
reunião realizada na manhã desta terça-feira (13) na residência oficial
da Câmara, o presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi
direto com os líderes da oposição: "Se eu derrubo Dilma agora, no dia
seguinte, vocês é que vão me derrubar", disse.
Na conversa pela manhã, Cunha ainda demonstrava desconforto em relação a nota da oposição, divulgada no último sábado, que defendia sua saída,
mesmo o texto tendo sido negociado com ele. Em conversas mais
reservadas, Cunha quer garantias de que conseguirá preservar o seu
mandato.
Alguns
partidos da oposição sinalizam que podem tentar segurar um processo de
cassação contra o presidente da Câmara dentro do Conselho de Ética.
Mesmo assim, no PSDB, a avaliação é de que Cunha ainda pode fazer um
acordo com o governo, caso perceba que não haverá os 342 votos
necessários para abrir um processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff.
Segundo relatos, Cunha disse na reunião que foi procurado por emissários do governo sinalizando uma tentativa de acordo. "Cunha vai pensar no que é melhor para ele", disse ao Blog um deputado do PSDB.
Segundo relatos, Cunha disse na reunião que foi procurado por emissários do governo sinalizando uma tentativa de acordo. "Cunha vai pensar no que é melhor para ele", disse ao Blog um deputado do PSDB.
Até
a reunião, a oposição queria fazer um aditamento a pedidos de abertura
de processo de impeachment que já estavam em tramitação na Câmara,
tática que foi atropelada durante o dia. Como antecipou o Blog, aoposição decidiu entrar com novo pedido de impeachment no Congresso Nacional.
A
estratégia é incluir no pedido de impeachment referências às chamadas
pedaladas fiscais, prática de atrasar repasses a bancos públicos, do ano
de 2015. Representação do Ministério Público encaminhada ao TCU na
última quinta-feira (8) afirma que a prática continuou sendo adotada pelo Executivo em 2015.
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