De Marisa Gibson, hoje na coluna do DIARIO POLÍTICO
No centro do palco -
Às vésperas do encontro com Dilma e em meio às negociações com o PMDB
para a reforma ministerial, colocada como uma questão de vida ou de
morte para o governo, os governadores do PSB, Paulo Câmara (PE), Rodrigo
Rollemberg (DF) e Ricardo Coutinho (PB), que já ouviram todos os tipos
de promessas por parte da presidente, estão preparados para escutar
muito e se comprometer pouco.
Essa
reunião foi agendada antes das bancadas do Senado e da Câmara terem se
posicionado contra a CPMF e a votar a favor do impeachment, e é possível
que Dilma queira apenas que o PSB se mantenha como oposição
independente, o que já seria um lucro. Ninguém no partido acredita que
ela ofereça espaço no governo aos socialistas. Afinal, bancada do
partido já é oposição na Câmara: só dois deputados votaram contra a
derrubada dos vetos presidenciais na semana passada.
E
dentro da percepção socialista de que o governo Dilma já acabou, é
tarde demais para grandes comprometimentos. Um ministério sempre é um
indicador de força política mas na atual circunstância é um fator
complicador. Pode gerar mais desgaste que benefícios.
Agora,
como o PSB ainda não bateu o martelo sobre a possibilidade de ser
oposição pra valer, ainda há uma brecha para que o Planalto acene com
mais promessas de ajuda financeira em troca da “independência” do PSB,
que poderá voltar a subir no muro. De imediato, essa alternativa só
favorece Dilma, mas deixará o PSB no centro do palco em 2016 e em 2018,
sendo disputado pelo PT, PSDB e também pela Rede.
Isso, o PSB quer.
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