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controlador-geral do Estado de Minas, Mário Spinelli, afirmou que os
governos de Aécio Neves e Antônio Anastasia, ambos do PSDB, deixaram de
pagar R$ 1,1 bilhão a empresas contratadas pelo governo, entre os anos
de 2003 e 2014.
"A
empresa vinha, prestava o serviço para o Estado. O Estado, na hora de
pagar, cancelava o empenho. Isso vai para o ano seguinte, sem orçamento,
sem nada. É um verdadeiro absurdo. Essa prática o Estado vem fazendo há
mais de 10 anos. Só no ano passado, cancelou R$ 1,138 bilhão de
empenhos liquidados. É uma prática que prejudica muito o equilíbrio
orçamentário, porque você joga a conta para este ano. Esse ano, o Estado
tem que pagar R$ 1,138 bilhão sem previsão de orçamento", disse
Spinelli em entrevista ao Estado de S. Paulo neste sábado, 28.
Spinelli
foi chamado para ser controlador-geral pelo governador Fernando
Pimentel (PT). Chegou ao governo com a fama de ser “xerife”,
principalmente por ter sido protagonista na ação que desbaratou a
chamada Máfia dos Fiscais do ISS na época em que ocupava a função de
controlador-geral da Prefeitura de São Paulo, na gestão de Fernando
Haddad (PT).
Ele
nega ter sido convidado por Pimentel para integrar o governo para
investigar especificamente os governos de Aécio e Anastasia. “Eu jamais
aceitaria uma missão como essa. A minha missão é atemporal. A gente vai
fiscalizar e punir, penalizar independentemente de governo”, disse.
Márcio
Spinelli disse também que foi feita uma força-tarefa para julgar e
demitir servidores públicos envolvidos em irregularidades. "Demitimos
126 funcionários do Estado nos últimos dois meses, que é um número muito
grande. Nós identificamos que deveria haver esse esforço na área
correcional, porque isso é uma medida preventiva também. Criamos uma
força tarefa para analisar e julgar esses processos num tempo recorde. E
tirar essas pessoas do serviço público", afirmou.
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