terça-feira, 5 de maio de 2015

Milhares voltam às ruas contra Richa em Curitiba


247 - Um grupo de cerca de 15 mil professores depositaram flores brancas nas grades de Assembleia Legislativa do Paraná nesta terça-feira, 5. O ato simbólico foi no palco do massacre realizado pela Polícia Militar que deixou 200 feridos na última quarta-feira, 29. "Onde tinha bombas, vamos colocar flores", diziam.
Os manifestantes, que se reuniram na praça 19 de Dezembro na manhã desta terça-feira (5), estão concentrados agora na praça Nossa Saleta de Salete, que fica no meio da Assembleia e do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico de Curitiba. Pouco mais de 10 policiais estão ao redor do local. Na frente do Palácio, no entanto, há pelo menos 50 seguranças.
No caminho até a praça, os professores gritavam frases do tipo "Eu quero ver, se vai cair o secretário que mandou nos agredir", puxados por quatro carros de som. Além de flores, carregavam faixas, com frases "menos bala e mais educação" e cartazes com fotos dos deputados que apoiaram as mudanças na lei da Paraná Previdência. Ao todo, 31 parlamentares votaram a favor e 20 contra, além de duas abstenções.
Os protestos começaram porque os deputados votaram, a portas fechadas, o projeto do governo Beto Richa (PSDB) que modifica a previdência dos funcionários públicos estaduais. Os professores, ao tentaram romper o cerco da Polícia Militar na Assembleia Legislativa e impedir a votação, na última quarta-feira (29), foram recebidos com bombas de gás e balas de borracha. Segundo a Prefeitura de Curitiba, foram mais de 200 feridos.

A polêmica lei de reforma da previdência, sancionada pelo governador na quinta-feira (30), transfere mais de 33 mil beneficiários de 73 do Fundo Financeiro, bancado pelo governo estadual, para o fundo Previdenciário, composto pela contribuição dos próprios servidores. Esses servidores serão pagos ao longo dos próximos anos com recursos poupados por eles mesmos. A mudança, na prática, dará ao governo uma economia de R$ 125 milhões por mês.

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