Fundador
e ex-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral classificou de
"tragédia" a fusão do PSB com o PPS e disse que o objetivo da junção das
duas legendas é pavimentar o caminho do atual governador de São Paulo, o
tucano Geraldo Alckmin, às eleições presidenciais de 2018. Alcmin trava
uma disputa interna com o correligionário mineiro, o senador Aécio
Neves, pela cabeça de chapa do partido.
"Na
verdade, o PSB de hoje virou um pasto na disputa interna do PSDB às
eleições presidenciais de 2018, da ala tucana ligada ao governador
Geraldo Alckmin, na tentativa de fortalecê-lo na disputa interna com
Aécio Neves", disse Amaral.
Além
de ser uma tragédia, "uma burrice e uma traição ao socialismo", Amaral
avalia que a fusão de seu partido com o PPS é compatível com a visão
pragmática da nova direção da legenda, que privilegia o crescimento
aritmético em detrimento da política.
"É
lamentável que, em vez de se tornar um desaguadouro dos quadros
descontentes da esquerda, o PSB tenha optado por ser um ator secundário
da direita", disse, reiterando que a junção das siglas já está sendo
arquitetada há muito tempo, com a finalidade de alçar Alckmin à cabeça
de chapa do PSDB nas próximas eleições ao Palácio do Planalto.
Para
o ex-presidente nacional do PSB, infelizmente a fusão das duas siglas
já está dada. "A renúncia ao socialismo já foi feita não é mais o
partido de João Mangabeira, Miguel Arraes e Jamil Haddad." (Da Agência
Estado)
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