domingo, 26 de abril de 2015

Salgueiro faz história e está na final do Pernambucano 2015

Do blog de primeira

A Arena Pernambuco é um estádio jovem. Tem menos de dois anos de idade – mas já viu muita história ser escrita em seu gramado. Viu jogos de Copa do Mundo, títulos estaduais, clássico pela Sul-Americana. E, ontem, foi testemunha da primeira classificação de um time do interior para a final do Campeonato Pernambucano. A façanha foi realizada pelo Salgueiro. O Carcará empatou com Sport, por 1 x 1, e – como havia vencido a primeira partida por 2 x 0- chegou à decisão. Histórico para os sertanejos. Histórico para o campeonato local – que demorou 100 para ter um representante que não fosse da capital no jogo mais importante. Agora, o time do Sertão vai atrás de marcar ainda mais. A luta é pelo título.
Ressabiado pelo massacre que sofreu do Flamengo no jogo de meio de semana, pela Copa do Brasil, o técnico Sergio China decidiu que, apesar da vantagem, não iria adotar uma postura inteiramente defensiva. Claro que não se tratava de uma equipe que iria propor o jogo, mas a cautela que beirou o medo diante do time carioca virou algo mais equilibrado.
Por isso, o Sport teve alguma dificuldade para ameaçar o gol de Luciano. Até os 20 minutos, praticamente não teve uma chance sequer. Dominava a partida, detinha a posse de bola, rondava a área adversária, mas não conseguia finalizar.
Buscava o gol a todo momento, mas faltava algum detalhe. Felipe Azevedo, como referência, não funcionou – perdeu muitas bolas de costas para o gol, incapaz de fazer o pivô. O trio de meias estava bem, dando trabalho. Mas precisava de mais velocidade. Que aumentou na metade final do primeiro tempo.
Com 23 minutos, Neto Moura – em primeiro tempo errático- pegou um bom chute de fora de área. Luciano espalmou. Aos 27, Régis colocou na cabeça de Ewerton Páscoa. O cabeceio, contudo, foi no meio. O goleiro do Carcará segurou. Aos 32, porém, não deu. Falta duvidosa na entrada da área, Diego Souza foi para a bola e fez um golaço: 1 x 0. Se Felipe Azevedo não houvesse perdido um gol feito, aos 43, o placar teria sido melhor para o Leão.
Na volta o segundo tempo, não havia mais como o Sport se segurar. Eduardo Baptista não mexeu, mas pediu um comportamento mais ofensivo, soltou os laterais e permitiu o avanço dos dois volantes, principalmente Neto Moura.
Se não foi para o abafa no primeiro, foi no segundo. O Salgueiro se retraiu ainda mais – embora ensaiasse, vez ou outra, uma marcação por pressão. O Leão pressionou, não tanto na qualidade, mas na vontade.
Foi um caminha de bolas alçadas na área, bolas paradas perigosas (porque o Salgueiro passou a fazer uma marcação mais pegada), cera pelo lado do Carcará. O jogo era muito perigoso para o Sport – uma vez que estava exposto para os contra-ataques.
Por volta dos 30 minutos, Eduardo Baptista fez duas alterações controversas: sacou Diego Souza e Régis para colocar os atacantes Samuel e Mike. O time se desorganizou e foi incapaz de chegar ao gol. Abriu, ainda mais, espaço para o contra-ataque, que o Salgueiro, histórico, aproveitou aos 42 do segundo tempo, marcou o gol de empate – com Valdeir- e se garantiu na final do estadual.
FICHA DE JOGO
Sport: Magrão; Vitor, Ewerton Páscoa, Durval e Renê; Rithely, Neto Moura (Joelinton) e Élber; Régis (Mike), Felipe Azevedo e Diego Souza (Samuel). Técnico: Eduardo Baptista.
Salgueiro: Luciano; Marcos Tamandaré, Ranieri, Rogério Paraíba e Marlon; Moreilândia, Rodolfo Potiguar, Vitor Caicó (Pio), Lúcio (Cássio) e Valdeir; Kanu (Anderson Lessa). Técnico: Sérgio China.


Local: Arena Pernambuco.
Horário: 16h.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique.
Assistentes: Ricardo Chianca e Elan Vieira.
Gols: Diego Souza (aos 32 do 1T) para o Sport.
Cartões amarelos: Ranieri, Marcos Tamandaré, Moreilândia, Luciano, Anderson Lessa (Salgueiro); Neto Moura (Sport)
Cartão vermelho: Vitor (Sport)
Público: 25.626
Renda: R$ 654.090,00

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