O programa
Mãe Coruja, do Governo de Pernambuco, ampliará o atendimento à primeira
infância (crianças até sete anos) em 2015, através de um plano de
desenvolvimento infantil. A iniciativa foi anunciada pelo governador Paulo
Câmara, nesta quarta-feira (28), durante a primeira reunião do programa este
ano, quando os coordenadores das 12 regionais começaram a estruturar o
planejamento. Em março, o Mãe Coruja receberá, no México, a sua segunda
premiação internacional. Desta vez, o reconhecimento veio através do Prêmio
Interamericano da Inovação para a Gestão Pública Efetiva, promovido pela
Organização dos Estados Americanos (OEA).
"O reconhecimento internacional é mais uma prova que estamos no caminho
certo. Esse plano anunciado hoje reforçará a atuação do programa em todo o
Estado. O Mãe Coruja é um exemplo para o Brasil; uma política pública que tem
dado resultados importantes. Vamos continuar levando 'vida' para a vida das
pessoas", destacou Paulo Câmara, ressaltando que os bons índices da
iniciativa devem ser creditados à integração entre as
secretarias. "Quando trabalhamos de forma integrada, sempre
conseguimos mais êxitos", argumentou.
Entre outras ações desenvolvidas pelo Governo do Estado, o Mãe Coruja contribuiu
fortemente para a redução da mortalidade infantil, saindo do patamar de 22 por 1.000 para 15 por 1.000
nascidos vivos; o que representa uma redução de 26,3%
no período de 2006 a 2011.
Hoje,
o programa atende 131 mil mulheres e 72 mil crianças, em 103 municípios.
Pernambuco foi o estado brasileiro que mais reduziu a mortalidade infantil
nesse período. "Tínhamos o dobro da média nacional. Após o Mãe Coruja,
chegamos à média e vamos trabalhar para diminuir ainda mais esse número",
assegurou o governador, salientando que 74% dos casos de mortalidade infantil
podem e devem ser evitados.
Para
consolidar o projeto, que objetiva a melhoria da qualidade de vida das
crianças, o Mãe Coruja recebeu o reforço da Secretaria estadual de Cultura, que
juntou-se às outras setes pastas no trabalho intersetorial de governo. Também
atuam junto ao programa as secretarias de Saúde; Educação; Desenvolvimento
Social, Criança e Juventude; Mulher; Planejamento e Gestão; Agricultura e
Reforma Agrária e Micro e Pequena Empresa, Qualificação e Trabalho.
"Fazemos parte de um todo que tem o objetivo de reduzir as desigualdades
sociais", salientou Paulo Câmara, que estava acompanhado na reunião da
primeira-dama do Estado, Ana Luíza Câmara.
Coordenadora do Mãe Coruja, a médica Bebeth Andrade Lima lembrou que o programa
resgata a autoestima da mulher e garante a sua inserção no mercado de trabalho.
"Quando começamos a desenhar o programa, ainda em 2007, todos
os detalhes foram pensados com carinho. Temos um entendimento que trabalhamos
com pessoas que estão inseridas em um determinado contexto social. Não adianta
apenas fornecer o alimento, se a mãe não sabe como oferecê-lo corretamente ao
seu filho", detalhou Bebeth, que é clínica e tem mestrado em Saúde Pública.
Além de oferecer toda a estrutura para a realização do pré-natal, o Mãe Coruja
também disponibiliza um kit com roupas para o recém-nascido. "Uma ação
simples, mas que faz uma diferença enorme na vida de uma mãe carente",
pontuou Bebeth Andrade Lima, recordando as palavras do ex-governador Eduardo
Campos, que, ainda no processo de implantação do programa, em 2007, disse que
não iria permitir que nenhuma criança pernambucana saísse da maternidade sem
roupa. "O ex-governador identificou essa demanda, posteriormente
comprovada por uma pesquisa", lembrou Bebeth, citando as palavras de
Eduardo: "O Mãe Coruja é uma política pública que vai marcar para sempre a
vida das pessoas".
RECONHECIMENTO - A premiação que o Estado receberá
em março é a segunda vencida pelo Mãe Coruja. Em 2014, o programa foi um
dos vencedoros do Prêmio das Nações Unidades para o Serviço Público (UNPSA). Um
reconhecimento internacional pela excelência na prestação do serviço público,
que reúne ações de organizações públicas e agências de todo o mundo.
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