247 - Se você não
leu esta informação antes, não se sinta culpado. Ela foi mesmo escondida
pela imprensa brasileira de forma deliberada. No Estado de S. Paulo,
que foi o primeiro veículo de comunicação a defender o impeachment da
presidente Dilma a pregar o golpe (leia aqui), ela está publicada, nesta terça-feira, numa tripa de pé de página.
Mas é extremamente relevante. De
acordo com os promotores envolvidos na Operação Lava Jato, o esquema
criminoso liderado pelas maiores empreiteiras do País operava há pelo
menos 15 anos. Ou seja: no mínimo, desde 1999, quando o Brasil era
presidido por Fernando Henrique Cardoso e a Petrobras comandada por
Henri Philippe Reichstul.
“Muito embora não seja possível
dimensionar o valor total do dano é possível afirmar que o esquema
criminoso atuava há pelo menos 15 anos na Petrobrás, pelo que a medida
proposta (sequestro patrimonial das empresas) ora intentada não se
mostra excessiva”, sustentou o Ministério Público Federal, ao requerer o
bloqueio dos ativos das construtoras – pedido este que foi negado pelo
juiz Sergio Moro. O magistrado permitiu apenas sequestro de bens dos
executivos.
Quinze anos atrás, Reichstul se
notabilizou pela tentativa de mudar o nome da Petrobras para Petrobrax.
Seria uma forma de começar a prepará-la para uma eventual privatização.
Diante da resistência, a mudança na marca foi arquivada. Outra polêmica
da era Reichstul foi a troca de ativos com a espanhola Repsol no apagar
das luzes do governo FHC – em análise pela Justiça, o caso já chegou aos
tribunais superiores com estimativas de prejuízos bilionários para a
Petrobras.
Leia, aqui, o relatório do Ministério Público em que se afirma que o cartel das empreiteiras já atuava desde os tempos da Petrobrax.
Aqui, notícia de 247, publicada em março, sobre o assunto.
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