Paraná 247 – A truculência com que age o
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Ação Penal
470, Joaquim Barbosa, foi duramente criticada pelo senador Roberto
Requião, do PMDB do Paraná, na manhã deste domingo. "Fácil de entender,
independente da lei, Joaquim Barbosa resolveu aplicar sua vontade e não o
código penal", escreveu o parlamentar, em sua conta no Twitter.
Na sessão da última quarta-feira, Barbosa admitiu ter aplicado as
penas para formação de quadrilha de forma mais grave do que a de crimes
que recebem, segundo o Código Penal, penas mais duras, como corrupção
ou lavagem de dinheiro, com dois objetivos: a fim de que o crime não
prescrevesse e de que os réus fossem para o regime fechado, no lugar do
semiaberto a que foram condenados.
Sobre a atitude, Requião falou em "atropelamento da lei", quando
voltou ao assunto na rede social no início desta tarde: "Pode ser a
favor ou contra a condenação de petistas no STF, só não pode apoiar o
atropelamento da lei pelos ministros e presidente", escreveu.
Ontem, Roberto Requião ironizou a "regalia" do ex-tesoureiro do PT
Delúbio Soares, que foi mandado para o regime fechado e teve seus
benefícios suspensos por decisão do juiz Bruno Ribeiro, da Vara de
Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal. O motivo: a suspeita,
segundo o Ministério Público, de que Delúbio teria direito a feijoada
aos finais de semana.
"Pensei que hoje ia comer uma costela com o [senador Paulo] Paim, mas
ele viajou. Me resta ir a um mercado comprar uma lata de feijoada
'regalia' do Delúbio", tuitou o peemedebista. "Lata de 430 gr de regalia
do Delubio (feijoada Bordon) custa R$ 4,00. Mais ou menos o preço da
comida de um preso. Feita em casa é barata", publicou Requião, cerca de
uma hora depois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário