Maurílio Ferreira Lima
No
Brasil, quando algo é visto erradamente como acontecido, sem nenhuma
possibilidade de ter acontecido, se diz que foi uma Batalha de Itararé,
comemorada como grande vitória brasileira na Guerra do Paraguai, sem, de
fato, nunca ter acontecido.
Assim
ocorreu na Criméia, Ucrânia e Rússia. Só algum desavisado, sem nenhum
conhecimento da complexidade das relações políticas e econômicas do
mundo atual, poderia dizer que havia risco de guerra mundial com os EUA
topando a Rússia.
Outros acreditaram nas declarações rompantes de Barack Obama, suspendendo relações comerciais com a Rússia ou congelando fundos russos nos EUA. Foi apenas um discurso sem nenhum efeito.
Os EUA são uma nação de alta complexidade, onde quem manda menos é o presidente. Quem tem comércio e relações comerciais e financeiras com os russos são grandes empresas e bancos privados, que estão se lixando se o presidente Obama é contra ou a favor. O presidente não tem força contra esse conglomerado.
Outros acreditaram nas declarações rompantes de Barack Obama, suspendendo relações comerciais com a Rússia ou congelando fundos russos nos EUA. Foi apenas um discurso sem nenhum efeito.
Os EUA são uma nação de alta complexidade, onde quem manda menos é o presidente. Quem tem comércio e relações comerciais e financeiras com os russos são grandes empresas e bancos privados, que estão se lixando se o presidente Obama é contra ou a favor. O presidente não tem força contra esse conglomerado.
É
ridículo o secretário de Estado americano ir a Kiev e anunciar ao
governo amigo que vai emprestar U$ 1 bilhão. A Ucrânia está falida e
quebrada e pede U$ 35 bilhões. R$ 1 bilhão é uma esmola.
O mais
ridículo é não existir esse U$ 1 bilhão. O presidente Barack Obama não
dispõe como quer desse dinheiro. Seria preciso que o congresso
norte-americano aprovasse, mas os líderes que controlam o parlamento já
anunciaram que esse dinheiro não existe no orçamento e nem será
incluído. O que prevalece é o corte de gastos e não o aumento.
A Europa falida, que compra aos russos 30% de todo o gás que consome, não quer nem ouvir falar em botar um tostão na Ucrânia.
A Ucrânia só tem um caminho: negociar com os russos, aumentar a autonomia da Criméia, não mexer na base naval de Sebastopole e diminuir em dois terços seu enorme contingente militar. O país não tem como pagar oficiais e soldados dessa força militar inútil.
O FMI com certeza mandará cortar salários e aposentadorias. A Ucrânia de joelhos e quebrada obedecerá e submeterá o uso dos seus parcos recursos à vigilância do FMI.
A Europa falida, que compra aos russos 30% de todo o gás que consome, não quer nem ouvir falar em botar um tostão na Ucrânia.
A Ucrânia só tem um caminho: negociar com os russos, aumentar a autonomia da Criméia, não mexer na base naval de Sebastopole e diminuir em dois terços seu enorme contingente militar. O país não tem como pagar oficiais e soldados dessa força militar inútil.
O FMI com certeza mandará cortar salários e aposentadorias. A Ucrânia de joelhos e quebrada obedecerá e submeterá o uso dos seus parcos recursos à vigilância do FMI.
Ex-deputado federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário