segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Uma vez empolgado, João Paulo entra na briga

Deputado federal se encontra com Rui Falcão para discutir o assunto (Foto: André Nery)
A impossibilidade de o PT levar a futura disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, devido à derrota no Recife e à sangria interna que tomou conta do partido nos últimos tempos, levou as principais lideranças da sigla a adotar um discurso mais cauteloso que colocou a reeleição da presidente Dilma Rousseff como prioridade zero. Claro, sem a mínima chance no âmbito estadual, é mais fácil mirar para cima e entoar uma fala que dialoga com a tal conjuntura nacional.
O apoio petista à postulação do senador Armando Monteiro Neto (PTB) foi uma ação consequente desse momento. O petebista reúne condições partidárias, disposição e uma trajetória que o cacifa para o pleito. E, para algumas lideranças do PT, o seu descolamento do governador-presidenciável Eduardo Campos (PSB) era a cereja do bolo que faltava para garantir a aliança.
Entretanto, como em política o tempo determina os movimentos, veio a suposta briga acirrada nas hostes socialistas pela indicação do governador Eduardo Campos à representação da Frente Popular na disputa sucessória. E com ela as análises de que um nome técnico poderia encontrar dificuldade para reunir, sem a presença física do líder do bloco – que estará mergulhado em sua própria campanha -, os aliados e mesmo vencer uma provável desconfiança da população.
Diante desse novo horizonte, ganhou força internamente no PT o pensamento de que o deputado federal João Paulo poderia, numa estratégia casada com o PTB, disputar o Governo do Estado. Seriam dois nomes formando palanque para a presidente Dilma, enquanto o governador Eduardo Campos teria apenas o seu próprio candidato.
O ex-prefeito do Recife, que não demonstrava muita empolgação com o cenário, agora parece mais interessado no aprofundamento dessa discussão. Se perceber que tem o mínimo de chance de sair vitorioso, João Paulo agarrá a, talvez, sua última oportunidade de conquistar o comando da administração estadual. Um desejo antigo do petista.  Hoje, ele encontra o presidente nacional do PT, Rui Falcão, para discutir a questão.(blog da folha)

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