A
carga da metralhadora de Joaquim Barbosa, que classificou de
politiqueiras as entidades que representam magistrados, não ficou no
vazio. O motivo do choque? As associações resolveram questionar no CNJ o
modo como Barbosa comprou um imóvel em Miami, por intermédio de uma
empresa do qual é sócio. A operação, embora garanta benefícios fiscais,
não é ilegal.
A quem pergunta como as
palavras de Barbosa foram recebidas, o presidente da Associação de
Juizes Federais (Ajufe), Nino Toldo, esgueira-se do confronto: reitera
que respeita as opiniões de Barbosa, que não se ofendeu com o título de
politiqueiro nem vai tensionar a relação. Mas, delicadamente, Toldo
deixa seu recado:
- Esse é o estilo Barbosa
de ser. Veja como já se referiu a colegas de STF, jornalistas, outros
magistrados. Não surpreende nada. E diálogo, nenhum. Em outra reunião,
ele nos chamou de sindicalistas. Também não ofendeu, porque, embora a
Ajufe não seja sindicato, eu respeito os sindicalistas. Ele tem direito
de dizer o que pensa e nós, de fazermos o que achamos melhor. É como ele
mesmo disse: se não deve, não teme.(Lauro Jardim - Veja)
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