domingo, 2 de junho de 2013

A JUSTIÇA BRASILEIRA: PARA APARECER, MELHOR SERIA UMA MELANCIA NO PESCOÇO



CARLOS CHAGAS
 SOBERBA, PRESUNÇÃO E IGNORÂNCIA  - Faltando três dias para a inauguração oficial do estádio do Maracanã, completamente remodelado, um promotor público pediu sua interdição e a suspensão da partida anunciada entre as seleções do Brasil e da Inglaterra. Uma juíza concede a liminar, na tarde do feriado religioso, para valer no domingo. Convenhamos, se era para aparecer, melhor teriam feito a juíza e o promotor se pendurassem melancias no pescoço. Não se preocuparam com a repercussão de suas iniciativas no universo do coletivo nacional.
Dois cidadãos, por maior cultura jurídica de que disponham, não podem desafiar a alma nacional, da qual o futebol faz parte. Seria o mesmo de que por conta do aumento de crimes durante o Carnaval, proibissem o desfile das Escolas de Samba, através de uma liminar. Ou porque existem padres pedófilos, impedir as crianças de ir à missa.
O Ministério Público e o Judiciário teriam outras formas para punir a desídia das autoridades esportivas. Suspender o espetáculo, porém, cujos riscos se debitariam a seus organizadores, significou investir contra o sentimento popular.
Nesse episódio de horror, a ironia ficou com a equipe inglesa, já desembarcada no Brasil: “Se não tiver estádio, jogaremos na praia de Copacabana”…

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