Não são só o tomate e a batata-inglesa que estão subindo de preço.
Os votos para aprovar a reforma da Previdência também estão ficando mais caros e Jair Bolsonaro perceberá isso quando for à feira dos partidos do Centrão, hoje à tarde.
A audência de Paulo Guedes ontem, na Câmara dos Deputados, deixou claro que as declarações de que “a reforma é vital para o Brasil” terminam por aí e os deputados não querem dar a cara no combate por ela.
Bruno Boghossian observa, na Folha:
A proposta do governo perambula como um filho feio sem pai. Parlamentares de centro e da oposição fazem críticas pesadas, enquanto poucos governistas se arriscam a apoiar uma medida impopular.
O prmeiro a fazê-lo foi o tal Major Vitor Hugo, até com bons modos, mas um pobre coitado que dava pena até de ouvir falar naquele banzé e, para quem assistiu, o bastante para entender o seu estado de desprestígio no parlamento.
Não vai ser por pouca coisa que as raposas do Centrão vão assumir a linha de frente da reforma. Diante delas, balança a advertência do que ocorreu com Rodrigo Maia, que fez este papel até mesmo “domando” a irritação com o governo Bolsonaro e que teve como paga a execração pública de ministros, dos filhos e do próprio presidente, depois amenizadas com um “deixa-disso” mas que segue, furiosa, nas redes bolsonaristas.
Como as batatas e os tomates, os deputados do Centrão temem, depois dos elogios às suas qualidades, serem descascados e postos na panela.
Eles tiveram 28 anos para aprender algo sobre os apetites de Jair Bolsonaro.
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