TSE precisa dar resposta dura a mentiras eleitorais
Blog do Kennedy
Uma onda de fake news contra Fernando Haddad elevou a rejeição do candidato do PT à Presidência a um patamar superior ao do seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL). Segundo a primeira pesquisa de segundo turno do Ibope, realizada no fim de semana e divulgada hoje, 47% dos eleitores rejeitariam Haddad. E 35% disseram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum.
No dia 6 de outubro, véspera do primeiro turno, o Ibope mostrou que 43% dos eleitores afirmaram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum. A taxa de Haddad era de 36% _7 pontos percentuais em benefício do petista. No levantamento divulgado hoje, houve uma inversão de 12 pontos a favor de Bolsonaro. A onda de fake news explica isso.
Haddad tem sofrido acusações de ordem pessoal que misturam preconceito, desinformação e falsidade sobre sexualidade, aborto, drogas e patrimônio.
Uma das maiores democracias ocidentais, o Brasil enfrenta nestas eleições uma onda de notícias falsas que tende a fazer o escândalo Cambridge Analytica virar fichinha _descoberta de manipulação de empresa inglesa no Facebook para ajudar Donald Trump e outros mandatários a chegar ao poder.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ameaçou esboçar uma reação nesta semana, cobrando o WhatsApp. Antes tarde do que nunca. Mas parece pouco diante do tamanho do problema.
A presidente da corte, Rosa Weber, deveria vir a público responder à evidência de uma avalanche de fake news na campanha eleitoral. Weber também deveria comentar a acusação de Bolsonaro em entrevista na quinta ao “Jornal da CBN – 2ª Edição” de que suspeita de fraude na urna eletrônica no voto para presidente. Ela ainda deveria falar a respeito de atos de violência contra eleitores de esquerda, sobretudo de ataques a mulheres.
No que se refere a fake news, Bolsonaro é o candidato mais beneficiado pelas mentiras enquanto o TSE assiste a tudo de camarote.
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