Segundo ex-lobista da empreiteira, medidas provisórias que beneficiaram a empresa renderam 22 milhões de reais em propinas aos parlamentares
VEJA - Por Daniela Macedo
Basta bater os olhos na delação do ex-lobista da Odebrecht Claudio Melo Filho para encontrar o nome do novo líder do governo no Senado, Romero Jucá. No documento de 82 páginas, o delator diz que as Medidas Provisórias aprovadas no Senado Federal para beneficiar a empreiteira renderam 22 milhões de reais em propinas aos parlamentares.
E “Caju”, como era conhecido o senador peemedebista, tinha papel central nessas negociações.
Na primeira citação a Jucá em sua delação, o homem que foi diretor de Relações Institucionais da Odebrecht por doze anos afirma que “todos os assuntos que tratei no Congresso se iniciaram através de Romero Jucá”.
No documento, o ex-lobista diz que Jucá o orientava sobre quais passos adotar e quais parlamentares seriam acionados, agindo “em nome próprio e do grupo político que representava, formado por Renan Calheiros, Eunício Oliveira e membros do PMDB”.
Melo deixa claro que o senador Jucá centralizava o recebimento das propinas e “distribuía os valores internamente no grupo do PMDB do Senado Federal”.
No período citado pelo delator, Jucá era o líder do governo no Senado, cargo ao qual acaba de voltar.
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