Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem |
O empresário Paulo Cesar de Barros Morato foi encontrado morto na
noite desta quarta-feira (22) em um motel em Olinda, na Região
Metropolitana do Recife. Morato é acusado de ser um dos líderes do
esquema de lavagem de dinheiro supostamente para pagar campanhas do
ex-governador Eduardo Campos (PSB) e estava foragido da Operação
Turbulência, que prendeu nessa terça (21) outros quatro indicados como
líderes da organização criminosa.
O corpo do empresário foi encontrado no motel no início desta noite.
Há informações de que não havia armas ou vestígios de sangue no local. A
delegada Gleide Ângelo, que investiga o caso, deixou o motel sem dar
entrevistas. O delegado Jorge Ferreira e a perita do Instituto de
Criminalística Vanja Coelho também saíram sem se pronunciar. O Corpo de
Morato foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), na área
central do Recife.
Um funcionário do motel informou à Agência Brasil que o empresário
entrou no local por volta de 11h40 dessa terça-feira (21), horas depois
das primeiras prisões. A equipe do estabelecimento começou a suspeitar
de que algo estava errado por causa da demora em sair, porque as
ligações feitas para o quarto não eram atendidas e por um mau cheiro
vindo de dentro do local. A Polícia Militar foi chamada e arrombou a
porta, encontrado Morato sem vida na cama. O funcionário relatou ainda
que ele vestia calça jeans e estava sem camisa e que não havia marcas de
sangue visíveis. O carro dele, um Jeep Renegade, foi retirado do motel
pela polícia esta noite.
A investigação do caso está inicialmente sob responsabilidade da
Polícia Civil. Porém, se for constatada alguma relação entre a morte e a
investigação da Operação Turbulência, a Polícia Federal pode entrar no
caso.
Morato é o dono da Câmara e Vasconcelos Locação e Terraplanagem. Para
a Polícia Federal, há indícios de que a empresa recebeu R$ 18,8 milhões
da construtora OAS para a campanha do ex-governador Eduardo Campos
(PSB) à presidência, em 2014. O socialista morreu após queda de jatinho
durante a campanha eleitoral.
Foi a investigação sobre a compra da aeronave que motivou a operação e
levou à descoberta de um esquema de lavagem de dinheiro em Pernambuco.
Na apuração do caso a PF usou informações de 18 contas bancárias, além
de dados obtidos pelo Supremo Tribunal Federal e da Justiça Federal no
âmbito da Operação Lava Jato
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