Páginas

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Empresário foragido da Operação Turbulência é encontrado morto em motel de Olinda

Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
O empresário Paulo Cesar de Barros Morato foi encontrado morto na noite desta quarta-feira (22) em um motel em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Morato é acusado de ser um dos líderes do esquema de lavagem de dinheiro supostamente para pagar campanhas do ex-governador Eduardo Campos (PSB) e estava foragido da Operação Turbulência, que prendeu nessa terça (21) outros quatro indicados como líderes da organização criminosa.
O corpo do empresário foi encontrado no motel no início desta noite. Há informações de que não havia armas ou vestígios de sangue no local. A delegada Gleide Ângelo, que investiga o caso, deixou o motel sem dar entrevistas. O delegado Jorge Ferreira e a perita do Instituto de Criminalística Vanja Coelho também saíram sem se pronunciar. O Corpo de Morato foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), na área central do Recife.
Um funcionário do motel informou à Agência Brasil que o empresário entrou no local por volta de 11h40 dessa terça-feira (21), horas depois das primeiras prisões. A equipe do estabelecimento começou a suspeitar de que algo estava errado por causa da demora em sair, porque as ligações feitas para o quarto não eram atendidas e por um mau cheiro vindo de dentro do local. A Polícia Militar foi chamada e arrombou a porta, encontrado Morato sem vida na cama. O funcionário relatou ainda que ele vestia calça jeans e estava sem camisa e que não havia marcas de sangue visíveis. O carro dele, um Jeep Renegade, foi retirado do motel pela polícia esta noite.
A investigação do caso está inicialmente sob responsabilidade da Polícia Civil. Porém, se for constatada alguma relação entre a morte e a investigação da Operação Turbulência, a Polícia Federal pode entrar no caso.
Morato é o dono da Câmara e Vasconcelos Locação e Terraplanagem. Para a Polícia Federal, há indícios de que a empresa recebeu R$ 18,8 milhões da construtora OAS para a campanha do ex-governador Eduardo Campos (PSB) à presidência, em 2014. O socialista morreu após queda de jatinho durante a campanha eleitoral.
Foi a investigação sobre a compra da aeronave que motivou a operação e levou à descoberta de um esquema de lavagem de dinheiro em Pernambuco. Na apuração do caso a PF usou informações de 18 contas bancárias, além de dados obtidos pelo Supremo Tribunal Federal e da Justiça Federal no âmbito da Operação Lava Jato

Nenhum comentário:

Postar um comentário