Do portal G1
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta
sexta-feira (4) ao Supremo Tribunal Federal denúncias contra o deputado
federal Arthur Lira (PP-AL), presidente da Comissão de Constituição e
Justiça da Câmara, e o pai dele, o senador Benedito de Lira (PP-AL).
Ambos são acusados de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras
investigado pela Operação Lava Jato. Nas denúncias, Janot pede a condenação dos dois pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
O
STF terá agora de decidir se aceita ou não as denúncias. Se aceitar, os
denunciados se tornarão réus e responderão a ações penais no Supremo –
devido ao foro privilegiado decorrente da condição de parlamentares,
eles não podem ser processados em outra instância da Justiça.
Na
hipótese de o STF aceitar a denúncia, Arthur Lira e Benedito de Lira
serão julgados pela Segunda Turma do Supremo, integrada por cinco
ministros, entre os quais Teori Zavascki, relator dos inquéritos da Operação Lava Jato referentes a autoridades com foro privilegiado.
Durante as investigações, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em delação premiada, que repassou R$ 1 milhão, por intermédio do doleiro Alberto Youssef, para a campanha de 2010 ao Senado de Benedito de Lira.
O
valor, segundo Costa, teria saído da "cota" destinada ao PP no esquema
de corrupção e seria decorrente de sobrepreços em contratos da
Petrobras.
No
caso do filho de Benedito, deputado Arthur Lira, que preside a Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Youssef afirmou, também em
delação premiada, que teria pago despesas de campanha do parlamentar em
2010.
O
doleiro também disse que soube que um assessor do deputado recebeu R$
100 mil em espécie, mas que ele teria sido detido com o dinheiro no
Aeroporto de Congonhas. De acordo com Youssef, o deputado recebia
repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil da "cota" do PP no esquema
de corrupção.
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