sábado, 26 de julho de 2014

Fiel a pé não terá acesso a templo da Universal

Em São Paulo
Após quatro anos de obras que custaram R$ 680 milhões, o Templo de Salomão, construído no bairro do Brás, região central de São Paulo, pela Igreja Universal do Reino de Deus, vai ser inaugurado no dia 31 somente para convidados e autoridades.
O espaço de 100 mil metros quadrados também não tem data para ser aberto aos fiéis - quem quiser assistir aos cultos terá de pagar a passagem para a empresa de fretamento contratada pela Universal, ao valor de R$ 45 por pessoa, para quem mora na capital.
Nesta quinta-feira, 24, a cúpula da igreja promoveu uma entrevista coletiva em Santo Amaro, na zona sul, para explicar detalhes sobre o templo, o maior espaço religioso do País, quatro vezes maior do que o Santuário Nacional de Aparecida.
O local acomodará um público de 10 mil pessoas, sentadas. O ambiente é suntuoso, com mármore rosa italiano, 10 mil lâmpadas de LED e oliveiras importadas de Israel.

Parente disse que nenhuma pessoa poderá entrar no templo por conta própria. Quem quiser, vai precisar contratar o serviço de fretamento feito por ônibus.
Para pessoas de outras cidades e Estados o valor da passagem ainda não foi estimado pela mesma empresa de ônibus, cujo nome não foi revelado.
"É um preço que será cobrado pela empresa de fretamento, não é da igreja. Não é um ônibus de linha normal, é turístico", disse Parente.
O templo também vai ter um telão com 20 metros de comprimento (maior do que os telões dos estádios da Copa do Mundo) e 60 apartamentos para pastores convidados, além da residência oficial do pastor Edir Macedo, fundador da Universal.
A igreja também divulgou regras para o uso de roupas. Mulheres devem evitar o uso de minissaias e roupas curtas.
Para os homens, está vetado o uso de bermudas e de uniformes de clubes esportivos. Chinelos, camiseta regata, boné e óculos escuros também foram proibidos.

Contrapartidas

A autorização para o funcionamento do local foi emitida pela Prefeitura no dia 10, por meio da certidão de diretrizes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), documento que atesta que o empreendedor cumpriu as contrapartidas pelo fato de ser um polo gerador de tráfego.
Entre as obras que a igreja teve de realizar, estão a instalação de cinco semáforos em cruzamentos e o plantio de 25 mudas de árvores.
Outra contrapartida foi o rebaixamento de guias de cinco cruzamentos. O certificado de conclusão de obra ainda deverá ser solicitado. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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