Escrito pelo jornalista Roberto Almeida e publicado em Seu Blog.
Deu uma doideira na cabeça de muitos brasileiros que veem a Copa do Mundo como a causa de todos os males do país.
Ora, a saúde pública, a educação, a segurança pública são uma desgraça desde o descobrimento, passando pelo Império, República Velha, Nova República, Ditadura de Vargas, Ditadura de 1964, Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula.
Aí ficam uns sabidinhos escrevendo por aí: “Eu quero hospital com padrão FIFA”, “Queremos escolas com padrão FIFA”. É uma besteirada danada. A Federação Internacional de Futebol, que sempre foi um ninho de corruptos, como é a CBF, não tem nada a ver com escolas e hospitais. Assim como o dinheiro dos estádios e de outros gastos da Copa não está sendo tirado da saúde nem da educação.
Os gastos com educação e saúde são regulados pela Constituição Federal e tanto o Governo Federal quanto estados e municípios podem ser penalizados se não cumprirem os percentuais de investimento nessas áreas.
A saúde no país é ruim por uma série de fatores, que passa por incompetência na gestão, corrupção e uma demanda muito forte porque o Sistema Único de Saúde universaliza o atendimento aos brasileiros. Independente de Copa e construção de estádios pode melhorar se houver um esforço conjunto dos governos federal, estadual e municipais. E se diminuir a roubalheira em cada instância de poder.
Temos tido alguns avanços na Educação desde Itamar Franco, mas ainda falta muito. Precisamos valorizar o professor, pagar melhores salários, mas estes também precisam evoluir. Não dá para acreditar num professor que nunca leu um livro na vida, lecione matemática, português, ciências, geografia, história ou educação física.
Culpar os governos é muito fácil, mas a responsabilidade é de todos. Não tá com a gangrena que Roberto Magalhães, Arraes, Joaquim, Jarbas, Eduardo Campos e todos que passaram pelo Palácio das Princesas sejam exatamente iguais, pois foram igualmente hostilizados pelos funcionários públicos.
Arraes, que era um governante com sensibilidade social, ligado ao povão, chegou a ser chamado pelos servidores de “Pinochet de Pernambuco”. Um absurdo completo.
Tem gente que não sabe quem foi Pinochet, nem Médici e não tem noção das diferenças de uma ditadura para uma democracia.
Muitos governantes desconhecem o valor da Cultura e tem gestor pensando que cultura é fazer festa com banda de forró de quinta categoria.
E o problema do Brasil tem tudo a ver com nossa herança cultural. A bagunça começou com os portugueses que mandaram pra cá o que de pior tinha por lá.
Veio o Império, a República, já estamos no Século XXI e somos uma potência em termos econômico. Mas a indigência cultural no Brasil é de dar pena. Na Argentina, um país pequeno e em crise, você topa com uma livraria em cada esquina e as pessoas leem em todo lugar.
Até o Uruguai nos supera em muitos aspectos.
O tal de “jeitinho brasileiro” sobrevive e entre nós o que vale não é inteligência, cultura ou conhecimento e sim esperteza, muitas vezes sinônimo de malandragem. Daí para virar um ladrão respeitado de colarinho branco é um passo.
A internet, um instrumento tão forte para disseminar informação, anda servindo para imbecilizar mais ainda quem sofre de uma doença chamada de “idiotia aguda”. O cara assiste o Jornal Nacional, vê postagens com mentiras no Facebook e já está convencido de que é tão intelectual quanto o Fernando Henrique Cardoso, que antes de virar presidente foi sociólogo e escritor.
Só falta aparecer um bando exigindo programação com padrão FIFA na TV aberta, para nos livrar do Faustão. Ou rapazes querendo mulheres padrão FIFA para se mostrar, botar foto no celular e no face.
Os que protestam hoje contra a Copa do Mundo são os mesmos que nunca se preocuparam com os problemas causados pela seca do Nordeste, destroem monumentos históricos nas ruas das grandes cidades, avançam sinais de trânsito e jogam lixo nas avenidas. Hoje protestar é uma espécie de modismo. Mas é uma lástima ter revolucionários de araque, rebeldes sem causa, jovens que veem o que está ruim, mas não sabem por que está ruim. E não têm nenhuma proposta ou sugestão para melhorar a sua Cidade, o seu Estado, o seu País.
Sou a favor da Copa no Brasil porque já fizemos uma em 1950, quando éramos muito mais pobres e atrasados. E a África do Sul, um país miserável, quando comparado conosco, sediou o último Campeonato Mundial sem grandes problemas.
Mas também sou a favor de educação de qualidade, saúde decente, uma polícia que nos dê segurança e estradas que não sejam uma vergonha. Sou por cidades 100% saneadas, sou contra a impunidade e a corrupção.
Tudo isso pode ser conquistado, independente de Copa, quando tivermos governos com um mínimo de vergonha e eleitores que não sejam tão desinformados e sem-vergonhas.
Ora, a saúde pública, a educação, a segurança pública são uma desgraça desde o descobrimento, passando pelo Império, República Velha, Nova República, Ditadura de Vargas, Ditadura de 1964, Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula.
Aí ficam uns sabidinhos escrevendo por aí: “Eu quero hospital com padrão FIFA”, “Queremos escolas com padrão FIFA”. É uma besteirada danada. A Federação Internacional de Futebol, que sempre foi um ninho de corruptos, como é a CBF, não tem nada a ver com escolas e hospitais. Assim como o dinheiro dos estádios e de outros gastos da Copa não está sendo tirado da saúde nem da educação.
Os gastos com educação e saúde são regulados pela Constituição Federal e tanto o Governo Federal quanto estados e municípios podem ser penalizados se não cumprirem os percentuais de investimento nessas áreas.
A saúde no país é ruim por uma série de fatores, que passa por incompetência na gestão, corrupção e uma demanda muito forte porque o Sistema Único de Saúde universaliza o atendimento aos brasileiros. Independente de Copa e construção de estádios pode melhorar se houver um esforço conjunto dos governos federal, estadual e municipais. E se diminuir a roubalheira em cada instância de poder.
Temos tido alguns avanços na Educação desde Itamar Franco, mas ainda falta muito. Precisamos valorizar o professor, pagar melhores salários, mas estes também precisam evoluir. Não dá para acreditar num professor que nunca leu um livro na vida, lecione matemática, português, ciências, geografia, história ou educação física.
Culpar os governos é muito fácil, mas a responsabilidade é de todos. Não tá com a gangrena que Roberto Magalhães, Arraes, Joaquim, Jarbas, Eduardo Campos e todos que passaram pelo Palácio das Princesas sejam exatamente iguais, pois foram igualmente hostilizados pelos funcionários públicos.
Arraes, que era um governante com sensibilidade social, ligado ao povão, chegou a ser chamado pelos servidores de “Pinochet de Pernambuco”. Um absurdo completo.
Tem gente que não sabe quem foi Pinochet, nem Médici e não tem noção das diferenças de uma ditadura para uma democracia.
Muitos governantes desconhecem o valor da Cultura e tem gestor pensando que cultura é fazer festa com banda de forró de quinta categoria.
E o problema do Brasil tem tudo a ver com nossa herança cultural. A bagunça começou com os portugueses que mandaram pra cá o que de pior tinha por lá.
Veio o Império, a República, já estamos no Século XXI e somos uma potência em termos econômico. Mas a indigência cultural no Brasil é de dar pena. Na Argentina, um país pequeno e em crise, você topa com uma livraria em cada esquina e as pessoas leem em todo lugar.
Até o Uruguai nos supera em muitos aspectos.
O tal de “jeitinho brasileiro” sobrevive e entre nós o que vale não é inteligência, cultura ou conhecimento e sim esperteza, muitas vezes sinônimo de malandragem. Daí para virar um ladrão respeitado de colarinho branco é um passo.
A internet, um instrumento tão forte para disseminar informação, anda servindo para imbecilizar mais ainda quem sofre de uma doença chamada de “idiotia aguda”. O cara assiste o Jornal Nacional, vê postagens com mentiras no Facebook e já está convencido de que é tão intelectual quanto o Fernando Henrique Cardoso, que antes de virar presidente foi sociólogo e escritor.
Só falta aparecer um bando exigindo programação com padrão FIFA na TV aberta, para nos livrar do Faustão. Ou rapazes querendo mulheres padrão FIFA para se mostrar, botar foto no celular e no face.
Os que protestam hoje contra a Copa do Mundo são os mesmos que nunca se preocuparam com os problemas causados pela seca do Nordeste, destroem monumentos históricos nas ruas das grandes cidades, avançam sinais de trânsito e jogam lixo nas avenidas. Hoje protestar é uma espécie de modismo. Mas é uma lástima ter revolucionários de araque, rebeldes sem causa, jovens que veem o que está ruim, mas não sabem por que está ruim. E não têm nenhuma proposta ou sugestão para melhorar a sua Cidade, o seu Estado, o seu País.
Sou a favor da Copa no Brasil porque já fizemos uma em 1950, quando éramos muito mais pobres e atrasados. E a África do Sul, um país miserável, quando comparado conosco, sediou o último Campeonato Mundial sem grandes problemas.
Mas também sou a favor de educação de qualidade, saúde decente, uma polícia que nos dê segurança e estradas que não sejam uma vergonha. Sou por cidades 100% saneadas, sou contra a impunidade e a corrupção.
Tudo isso pode ser conquistado, independente de Copa, quando tivermos governos com um mínimo de vergonha e eleitores que não sejam tão desinformados e sem-vergonhas.
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