Kleber Nunes, da Folha de Pernambuco
Nesta terça-feira (17), as obras de construção do polo automotivo
ancorado pela Fiat, em Goiana, completam o primeiro aniversário. Apesar
de não haver nenhuma solenidade marcada para celebrar a data, a Zona da
Mata Norte já comemora os benefícios trazidos pela montadora italiana,
como aumento dos postos de trabalho e dinamização do mercado de uma
cidade culturalmente voltada ao agronegócio. A conclusão do primeiro
galpão, que impressiona quem passa pela BR-101 Norte, previsto para as
próximas semanas, põe fim ao primeiro ciclo e abre uma nova etapa que
será a de instalação dos equipamentos. Ainda esta semana, chegam ao
Estado as primeiras prensas da companhia.
Marina Mahmood/Folha de Pernambuco
Conclusão do primeiro galpão já impressiona quem passa pela BR-101
No dia 17 de setembro de 2012, o canteiro de obras da Fiat tinha 20
funcionários. O número foi crescendo ao longo dos meses e chegou a mais
de dois mil. Desse montante, 1,6 mil postos de trabalho estão ocupados
por profissionais pernambucanos. “Para o Governo do Estado é muita
alegria poder ver o ritmo acelerado das obras da Fiat, contando com a
ajuda da nossa mão de obra”, declara o secretário de Desenvolvimento
Econômico de Pernambuco, Márcio Stefanni Monteiro. “O último acordo
honrado perto do aniversário de um ano foi a conclusão do processo de
doação do terreno à Fiat. A solenidade aconteceu na semana passada e é
mais uma prova da dedicação do Governo”, acrescenta Monteiro.
O primeiro ano da montadora foi de cumprimento dos acordos por parte do
Governo. As obras de contrapartida como a terraplanagem dos 40% do
terreno total de 1,4 mil hectares e a drenagem marcaram esta etapa. A
visita de engenheiros e gestores da montadora aos principais
laboratórios de engenharia do Estado também foram realizados neste
primeiro ano. E quando as instalações iniciais ganhavam forma, a Fiat
anunciou a chegada do vice-presidente de manufatura da companhia, Stefan
Ketter, transformando Pernambuco no centro de comando global da
empresa.
“Quinzenalmente nos reunimos com Ketter para acompanhar o andamento das
obras. Sua presença demonstra a importância dessa planta, que segundo os
gestores da Fiat será o maior parque industrial privado do mundo”,
afirma o secretário. O polo automotivo receberá um aporte total de R$ 4
bilhões na linha de automóveis, mais R$ 500 milhões em uma planta de
motores e R$ 2,5 bilhões em outras instalações.
A previsão é de que os primeiros carros sejam produzidos no fim de 2014 e
a comercialização comece no ano seguinte. Nesta primeira etapa da Fiat
também surgiram pedras no caminho. Uma delas, e talvez a que mais
incomodou, foi a construção do Arco Metropolitano. A via alternativa de
R$ 1,5 bilhão ainda está em fase de análise no Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit).
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