quinta-feira, 25 de julho de 2013

INVASÃO ESTRANGEIRA NÃO ACONTECE E O MAIS MÉDICOS AVANÇA



DO BLOG DE CHRISTINA LEMOS
 O número de inscritos no  Mais Médicos comprova que não há qualquer risco de uma “invasão de profissionais estrangeiros” para trabalhar em regiões isoladas, periferias de grandes cidades, ou municípios do interior. Nesta primeira etapa de inscrições, que encerra hoje, dos 13.857 médicos que se apresentaram, 91,7% são brasileiros – isto é, 12.701. Outros 1.156 são estrangeiros.
O programa oferece 10 mil vagas e prioridade para brasileiros. Como os estrangeiros formam uma minoria de menos de 9% dos candidatos e há excedente de candidatos entre os brasileiros, cai por terra um dos principais argumentos dos oponentes à iniciativa do governo federal - que acaba de passar no primeiro teste.
O Mais Médicos também conquistou um aliado de peso nesta quarta: as Nações Unidas. Em comunicado público, divulgado na página eletrônica da instituição no Brasil, a ONU declara que “vê com entusiamo” o programa, classifica como “corretas as medidas de levar médicos, em curto prazo, para comunidades afastadas” e ainda apóia “a prática dos graduandos em medicina, por dois anos no sistema público de saúde”, ressaltando que ela “deve garantir, juntamente com o crescimento do sistema e outras medidas, maior equidade no SUS.”
Era a manifestação de apoio que o governo brasileiro e o ministro Alexandre Padilha, da Saúde, precisavam, diante de uma corporação que reage de forma quase irracional ante medidas que buscam acudir à chocante realidade de falta de atendimento médico às populações mais carentes do país.
É o governo finalmente no exercício de seu papel: age, como pode, no socorro ao cidadão. Como raras vezes, apresenta e banca financeiramente uma resposta efetiva, eficiente e de curto prazo - em dois meses começam as atividades - para a falta crônica de médicos nestas localidades, que batizou de “vulneráveis” – adjetivo suave para a gravidade do quadro.
Os médicos que não queiram se dedicar a este tipo de atendimento - essencial e até humanitário - que permaneçam nas cidades grandes. Mas não impeçam colegas que desejem exercer o livre direito de escolha – inclusive profissional.

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