Na noite da última quarta-feira, as redes sociais pegaram fogo devido
à transmissão, pela Globo, da saga de Luiz Inácio Lula da Silva. Quem
gostou e quem não gostou meteram-se em uma guerra retórica. Quem gosta
de Lula, emocionou-se; quem o odeia – e não há quem simplesmente não
goste dele, só há quem o odeie –, irritou-se.
Contudo, o que saltou aos olhos foi a surpresa que muitos revelaram,
naquelas redes sociais, por justo a Globo, que lidera a torcida do ódio
contra o ex-presidente, veicular, em horário nobre, um filme que, com o
resto da grande mídia, a emissora tentou massacrar de todas as formas,
inclusive acusando os produtores de terem sido subornados pelo próprio
Lula enquanto presidente. E, claro, com uso de dinheiro público.
Mas a questão persiste: por que o grupo empresarial que mais combate
Lula exibiu um filme que os inimigos dele acusam de “laudatório”?
É muito simples. Recentes pesquisas de opinião sobre a sucessão
presidencial de 2014 mostram que toda a campanha da Globo e do resto da
mídia anti-Lula contra ele não produziu um grama de perda de sua
popularidade, de forma que apareceu na sondagem como capaz de derrotar
qualquer adversário em primeiro turno, se a eleição fosse hoje.
Tal fenômeno ocorre porque todo mundo sabe que a Globo odeia Lula. E,
claro, não é bom que aquilo que ela diz sobre ele seja visto como
produto de ódio. E que melhor forma haveria para tentar dissipar a
crença clara que a maioria tem em razões pouco republicanas da mídia
para atacar o ex-presidente do que ela exibir um filme que o exalta?
Fonte: blog da cidadania
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